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Cidades

Mais perigosos do País podem cumprir toda pena em MS

Redação | 08/09/2009 14:33

Considerados os mais perigosos presos do Brasil, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, o bicheiro João Arcanjo Ribeiro - o Comendador Arcanjo, e José Reinaldo Girotti - ladrão do Banco Central, poderão cumprir toda a pena no Presídio Federal de Campo Grande, onde estão reclusos.

A afirmação é do diretor do Depen (Departamento Nacional do Sistema Penitenciário), Wilson Sales Damázio.

De acordo com ele, a inclusão do interno na unidade é feita por tempo determinado, de no máximo 360 dias. No entanto, o prazo pode ser renovado por quantas vezes se julgar necessário, dependendo da justificativa.

Damázio explica que o tempo inicial previsto para a permanência dos três em Mato Grosso do Sul já chegou ao fim. Decisões judiciais e determinações do TRF (Tribunal Regional Federal) ou do STJ (Superior Tribunal de Justiça) tem garantido o aumento do prazo.

"O preso pode cumprir todo regime fechado aqui, desde que haja uma justificativa plausível", reforça o diretor do Depen.

Damázio destaca ainda que presos como Beira-Mar, Arcanjo e Girotti, se forem transferidos, podem interferir no ambiente prisional. O poder aquisitivo dos presos também é um critério levado em consideração para avaliar o grau de periculosidade, pelo que podem "comprar" e movimentar em uma cidade onde já conhecem autoridades.

O Comendador Arcanjo, por exemplo, é acusado de um ser o principal chefe do crime organizado no Mato Grosso. Ele está em Campo Grande desde outubro de 2007, depois da descoberta de que mantinha negócios ilícitos de dentro da Penitenciária Pascoal Ramos, na capital de Mato Grosso.

Já José Reinaldo Girotti é apontado como um dos líderes do furto ao Banco Central de Fortaleza, ocorrido em agosto de 2005 e considerado o maior da história do País. Foram levados da agência R$ 164,7 milhões.

Girotti está preso em Campo Grande desde 22 março de 2007, quando inaugurou a penitenciária federal.

O traficante Beira-Mar veio na sequência à Capital e não há previsão para deixar o Estado. Damázio enfatiza que não há condição para devolvê-lo ao Rio de Janeiro, por exemplo.

Advogados de defesa do traficante tentaram por várias vezes reverter a ordem que trouxe Beira, de Bangu, a Mato Grosso do Sul, mas sem sucesso.

"Se aqui conosco ainda tem estas notícias, imagine se voltar ao Rio", diz o diretor em relação à informação de que o traficante teria comandado ataque a invasão do Morro do Juramento, em Vicente Carvalho, no Rio de Janeiro, onde a guerra entre traficantes provocou três mortes na semana passada.

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