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Cidades

Maníaco da Cruz fazia aulas de castelhano e guarani no Paraguai

Ele pretendia continuar escondido no país, e disse em entrevista à rádio paraguaia que foi ajudado por amigos que moram lá

Nyelder Rodrigues | 29/04/2013 14:44
Jovem afirmou não ter tido nenhum contato com o Brasil depois que fugiu (Foto: Amambay570.com.py)
Jovem afirmou não ter tido nenhum contato com o Brasil depois que fugiu (Foto: Amambay570.com.py)

O fugitivo brasileiro e detido pela polícia paraguaia Dyonathan Celestrino, o Maníaco da Cruz, estava fazendo aulas de espanhol e castelhano para seguir morando no Paraguai.

Dyonathan foi preso no sábado (27) em Horqueta, cidade paraguaia a 160 quilômetros de Ponta Porã, no departamento de Concepción. Porém, ele só foi apresentado hoje (29).

Em entrevista ao vivo à rádio paraguaia Amambay AM 570, o jovem de 21 anos contou que fazia as aulas das duas línguas em uma escola da cidade, mas se negou a dizer o nome do colégio. Na entrevista, ele alternou as falas entre o português e castelhano.

Além disso, ele afirmou que tem amigos no Paraguai e contou com a ajuda deles para ficar lá desde que fugiu da Unei de Ponta Porã, no dia 3 de março. Conforme Dyonathan, ele não teve nenhum contato com o Brasil desde então.

Entretanto, ele ia tentar entrar em contato por telefone com familiares. Um dos amigos dele tentava conseguir um chip de celular para ligar, mas não conseguiu a tempo. O fugitivo estava morando em um hotel.

Dyonathan está preso na 3ª Delegacia de Polícia de Horqueta, local que ficou conhecido por ter sido alvo de atentado com explosivos em 2011, cometido pelo EPP (Exército Popular Paraguaio), de cunho revolucionário.

Ele deve ser levado para Pedro Juan Caballero nesta tarde, e depois entregue às autoridades brasileiras ainda em uma data não confirmada. Dyonathan estava no país vizinho irregularmente, já que não tinha o documento conhecido como “permisó”.

Crimes – Os assassinatos aconteceram em 2008. No dia 2 de julho, o Maníaco matou o pedreiro Catalino Cardenas, de 33 anos; no dia 24 de agosto, a vítima foi a frentista Letícia Neves de Oliveira, de 22 anos; e 6 de outubro, a última morte, da estudante Gleice Kelly da Silva, de 13 anos.

O Maníaco utilizava luvas cirúrgicas para cometer os crimes. Ele estrangulava as vítimas e terminava de matá-las com faca, arma com a qual ele escreveu INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) no peito do primeiro alvo.

O adolescente disse que escolhia as vítimas aleatoriamente e decidia se elas mereciam morrer após “julgá-las” como puras ou impuras, mediante questionamentos sobre valores morais, fé e sexualidade.

No quarto do adolescente foram encontrados pôsteres do Maníaco do Parque e de um diabo. Havia também revistas pornográficas, CDs, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho, três jornais com reportagens sobre os assassinatos e pertences das vítimas.

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