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Cidades

Médico é condenado a 47 anos por assassinato de colega

Redação | 13/08/2010 06:50

Após 15 horas de julgamento, o médico paraguaio Miguel Angel Carvalhar Arevalos, de 44 anos, foi condenado a 47 anos de prisão pela morte de seu colega de profissão Ademir Aparecido Pimenta dos Reis.

Também foi julgado o vigilante Wandir Roque Fernandes da Silva, de 48 anos, que vai cumprir pena de 34 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O médico Ademir foi assassinado em uma emboscada no dia 21 de março de 2007, na MS-473.

O julgamento, realizado em Dourados, começou na tarde de ontem e terminou às 3 horas desta sexta-feira. O júri foi formado por seis homens e uma mulher.

Wandir Roque confirmou que estava junto com o médico no dia do crime, era dono do revólver e que efetuou os disparos contra as vitimas. Contudo, relatou que atirou para o alto, sem atingir ninguém.

Já Miguel Angel confessou que fez um único disparo contra o médico. Ele também foi julgado por tentativa de homicídio contra a psicóloga Sueli Pinheiro e a enfermeira Amanda Barth, que eram passageiras do carro em que o médico seguia de Taquarussu a Nova Andradina. Elas também foram baleadas, mas sobreviveram.

Em depoimento, Miguel, que é casado, afirmou que o crime foi arquitetado pela auxiliar de enfermagem Fátima Granja Rodrigues, com quem manteve um relacionamento amoroso. Segundo ele, a vítima também se envolveu com Fátima. No depoimento, Miguel Angel ainda disse foi torturado quando estava preso em Nova Andradina.

O júri foi conduzido pelo juiz Rubens Witzel Filho, da comarca de Maracaju. O advogado Omar Blanco defendeu o Wandir Roque e os advogados Leandro Gianni, Marcio Ricardo e Upiran Jorge, o médico Miguel Angel. A acusação foi feita pelo promotor Elcio Felix D'angelo.

O médico e o vigia já estavam presos na penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados. Fátima está em liberdade e ainda será julgada.

Na época do crime, além de motivo passional, foram apresentadas outras duas hipóteses: de que Miguel teria matado o colega para assumir seu emprego; e de que Ademir teria denunciado o médico paraguaio por uso de falso diploma. (Colaborou Marcos Donzeli).

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