Médicos fazem paralisação contra Medida que prevê 50% de redução salarial
Texto prevê que profissionais, ao ingressar na carreira, tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor por 20 horas – uma redução de 50% na remuneração
Médicos servidores públicos federais fazem paralisação na próxima terça-feira (12) em protesto contra a Medida Provisória nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da jornada de trabalho de profissionais de saúde. No mesmo dia está prevista a votação de admissibilidade da Medida pela Comissão Mista do Congresso Nacional.
De acordo com a Fenam (Federação Nacional dos Médicos), o texto prevê que profissionais que atualmente mantém jornada de 20 horas semanais no serviço público, ao ingressar na carreira, tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor – uma redução de 50% na remuneração.
A medida é considerada pelo presidente da entidade, Cid Carvalhaes, como um enorme retrocesso em um país já tão castigado pela carência do SUS e pela desvalorização dos profissionais de medicina, informou a Fenam.
Com a paralisação o objetivo da categoria é pressionar o Parlamento e abrir caminho para a primeira greve geral de médicos servidores federais no país. Ainda segundo a Fenam, as entidades médicas compreendem que a MP traz a determinados setores do funcionalismo avanços importantes, que devem ser mantidos e até ampliados.
Entretanto, nos artigos 42 e 47, prejudica os atuais e futuros servidores médicos, dobrando jornadas sem acréscimo de vencimentos, reduzindo a remuneração em até metade e cortando valores de insalubridade e periculosidade. As perdas atingem, inclusive, aposentados e pensionistas. (Com informações da Agência Brasil)