ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 20º

Cidades

Medo de alagamentos deixa periferia da Capital em alerta

Redação | 27/11/2009 17:46

O receio de alagamentos deixou moradores da periferia de Campo Grande em alerta, nesta tarde. No bairro Maria Aparecida Pedrossian, várias ruas ficaram tomadas pela enxurrada e quem sofreu com a invasão de lama com a chuva da última quarta-feira (25), fez o possível para não enfrentar o mesmo problema novamente.

Na casa da técnica de enfermagem Lucimara Gomes, de 35 anos, o desespero aumentava de acordo com o volume de enxurrada que descia do terreno baldio em frente da residência, na rua Minerva.

Para impedir que a lama invadisse a varanda da casa, ela e a filha, Ana Carolina, de 14 anos, ficaram com rodos e de plantão na entrada, empurrando a enxurrada que havia tomado conta da rua.

Ela conta que enfrenta o problema há seis anos, desde que se mudou para a casa, e antes dela a antiga proprietária também sofria com a invasão da água. "Dá desespero, e quando a chuva pára ficam as pedras e a lama", reclama.

Dono de uma conveniência na esquina das ruas Ponta Grossa com a Orlando Daros, também no Maria Aparecida Pedrossian, Irineu Nascimento, de 54 anos, conta há 20 anos enfrenta problemas com a enxurrada, que invade o comércio.

Segundo ele, na última chuva a água tomou conta dos três prédios, onde funciona a conveniência, a padaria e a fábrica de pães. "Ninguém resolve e eu fico com o prejuízo", reclama.

Hoje, logo que começou a chuva ele foi para a porta do estabelecimento com um rodo. "Se aumenta a chuva tenho que colocar uma tábua e ficar com o rodo lá dentro", explica.

Lama - Prejuízo sofreram também os feirantes do bairro Maria Aparecida Pedrossian, que tiveram as barracas invadidas pela enxurrada que desce da rua Minerva. O casal Ari Serafim Pacheco, de 59 anos, e Benedita Luiz Correia Pacheco, de 56 anos, reclamam por ter ficado com as verduras e legumes cobertos de lama.

Eles contam que já haviam montado a barraca, quando a chuva começou. "Só deu tempo de erguer algumas caixas para a barraca não tombar", conta Ari.

Para o feirante, que diz ter prejuízos com a enxurrada há anos, a solução seria trocar a feira de lugar. "Pelo menos levar a gente mais ali para cima.", pede.

No local, além dele vários outros trabalhadores tiveram que recolher seus produtos, não por conta da chuva, mas pela enxurrada que ocupou a avenida João Damasceno.

Nos siga no Google Notícias