ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

Ministério Público defende escutas em presídio federal

Redação | 06/07/2010 12:07

O MPE (Ministério Público Estadual), através da coordenação das promotorias de Justiças Criminais, divulgou nota em que apoia a decisao do juiz federal Odilon de Oliveira em autorizar gravações entre determinados presos e seus advogados.

O juiz Odilon liberou a gravação de conversas e a captação de imagens entre advogados e presos no parlatório, lugar inviolável por lei, levando em conta que os presos seriam perigosos.

Odilon apoiou-se em decisão internacional para determinar o uso de escutas. A autorização das escutas se deu para monitoramento dos presos Giuseppe Ammirabile e Salvatore Borelli, detidos no presídio federal de Campo Grande, acusados de participar de uma rede de tráfico internacional de mulheres.

A nota ressalta que: "O Ministério Público, o Poder Judiciário e a Polícia, não podem omitir-se, em razão dos seus deveres de ofício, a essa nova realidade da violência e da criminalidade no Brasil".

No entendimento do MPE, em nenhum momento o acusado de crime sofre restrição em relação à ampla defesa, de vez que está é realizada nos autos e para o juiz do processo, e não fora dele.

A OAB anunciou que solicitará ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pedido de abertura de processo disciplinar contra os juízes Odilon e também o juiz Sérgio Moro, que autorizou filmagens e gravações entre presos e advogados no presídio federal de Cantanduvas (PR).

A nota finaliza dizendo que espera o "tradicional apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, que sempre perfilou, ao lado dos Poderes constituídos, da defesa dos interesses maiores da Sociedade". O texto é assinado pelo procurador Evaldo Borges Rodrigues da Costa.

Nos siga no Google Notícias