MPE investiga aumento de 60% na venda de combustível
O MPE (Ministério Público Estadual) investiga em Dourados, cidade distante 233 quilômetros de Campo Grande, o aumento de 60% na venda de combustíveis, observada no período eleitoral.
Em entrevista ao site Dourados Agora, o promotor de Justiça Eleitoral, João Linhares, disse que, de maio até agosto, houve crescimento significativo nestas vendas e, por este motivo, será apurado se houve compra de voto por meio de "vale gasolina".
Candidatos que compraram acima da cota necessária para realizar campanhas em Dourados terão de prestar esclarecimentos à PF (Polícia Federal), que recebeu esta semana relatório do MPE com informações para subsidiar investigação a ser feita pela Polícia.
Segundo o promotor, todos os nomes alvo de suspeita, partidos, além das informações contidas no documento são suficientes para a abertura de um processo investigativo rigoroso.
"A partir de agora cabe à Polícia Federal chamar os candidatos suspeitos. Eles terão que comprovar utilização do consumo exagerado através de prestação de contas', alerta.
Linhares também ressaltou que os demais objetos de brindes, como pagamento de cirurgias, cestas básicas e dentaduras, entre outros "presentes" já estão na mira do MPE.
Segundo o promotor, também é dever do eleitor denunciar tentativas de compras de voto. Para isso, ele pode procurar o cartório eleitoral e o Ministério Público para relatar os fatos.
Se comprovada a irregularidade, o político pode ser penalizado por crime de corrupção, captação ilegal de sufrágio e improbidade administrativa. "No aspecto penal ele será preso e no eleitoral vai perder o mandato", afirmou.
