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Cidades

Mulher que faz do furto o trabalho é solta após uma noite na cadeia

Nadyenka Castro | 06/10/2011 16:40

Lucimar da Cunha foi presa em flagrante na tarde de segunda-feira e no dia seguinte o juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 1ª Vara Criminal, determinou a soltura

Lucimar da Cunha confessou vários furtos, foi presa e no dia seguinte Justiça mandou soltá-la.
Lucimar da Cunha confessou vários furtos, foi presa e no dia seguinte Justiça mandou soltá-la.

Responsável por grande parte dos furtos de celular e dinheiro que acontecem na área central de Campo Grande, Lucimar da Cunha, 42 anos, já está de volta às ruas.

Ela foi presa em flagrante na tarde de segunda-feira (3) e no dia seguinte o juiz Paulo Afonso de Oliveira, da 1ª Vara Criminal, determinou a soltura, alegando primariedade, que ela não agiu com violência e que o caso não causou grande clamor público.

Lucimar foi flagrada no Camelódromo da Capital por policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil quando tentava vender um telefone móvel. Os policiais a reconheceram e então a levaram para a delegacia.

Ao delegado Wellington de Oliveira, titular da 1ª Delegacia, a mulher confessou que havia furtado o aparelho naquela tarde.

Lucimar da Cunha declarou ainda que furta celulares e dinheiros de bolsas de mulheres em pontos de ônibus, dentro de coletivos e outros locais onde há movimento e não tem presença da Polícia.

Apontou, no mapa digital, os locais onde atua e explicou, em detalhes, como age. “Eu tenho que tossir para a mulher não ouvir o barulho do velcro ou do zíper”, falou, durante a encenação de como faz para abrir as bolsas de suas vítimas, escolhidas de acordo com o próprio comportamento.

A mulher confessou 31 furtos, no entanto, como diz que faz quatro por dia, a Polícia acredita que a quantidade seja bem acima do que ela alega ter feito.

Ela já havia sido presa em agosto junto com o marido, Valdevino Belo Barreto, 47 anos, também por furtos na região central. Mas, Valdevino assumiu ser o único ‘ladrão’ e ela conseguiu ficar ‘livre’.

Na segunda-feira Lucimar foi autuada em flagrante, mas, a Justiça, de acordo com a nova lei do Código de Processo Penal que entrou em vigor em julho deste ano, a colocou novamente nas ruas.

Legislação - De acordo com a nova legislação, em casos de flagrante, a pessoa só fica presa se tiver antecedentes criminais e/ou se o crime cometido tiver sido contra a vida ou mediante grave violência.

Conforme a nova lei, cabe ao magistrado a decisão de decretar a prisão preventiva ou soltar mediante pagamento - ou não - de fiança e ainda determinar medidas cautelares sob pena de retorno à cadeia em caso de descumprimento.

No caso de Lucimar, o juiz Paulo Afonso determinou que ela não saia de casa à noite, nem nos dias de folga e não mude de endereço sem autorização judicial.

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