Na Moreninha, Paixão de Cristo usou fé contra violência
Criada há 20 anos para mostrar o lado bom das Moreninhas, maior bairro de Campo Grande, a encenação da "Paixão de Cristo" deve reunir um público de 3 mil pessoas nesta Sexta-feira Santa.
O teatro a céu aberto, que reproduz a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, terá a participação de 50 pessoas. A encenação começa às 16h. O dia é de estréia para Ezequiel Elias Francisco, de 29 anos, que representará Jesus Cristo.
Após participar da montagem por 4 anos, ele cita a satisfação em viver o personagem principal. "A gente consegue transmitir o sofrimento de Jesus e mostrar que o sofrimento dele não foi em vão", salienta.
Para interpretar Jesus, ele avalia que é preciso "coração limpo, perdão e expressão de paz".
Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, que interpretou Jesus por 9 anos, relata que participa do teatro desde a primeira encenação. Segundo ele, a idéia era mostrar que o bairro não era somente um reduto de violência.
"Só tinha notícia de crime, roubo, homicídio. Tínhamos que mostra o lado bom", enfatiza.
Para ele, a idéia de juntar fé e cultura trouxe bons resultados. "Resgatou vários jovens, alguns do uso de drogas.