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Cidades

Odilon defende visita de presos supervisionada

Redação | 22/12/2008 11:36

O juiz federal e corregedor do Presídio Federal de segurança máxima de Campo Grande, Odilon de Oliveira, disse, durante entrevista ao Campo Grande News, que defende a implantação de medidas ainda mais duras para se conter a influência de presos perigosos no crime organizado do lado de fora das muralhas.

Para ele o monitoramento de visitas seria uma forma eficiente de se acabar com o poder de criminosos como Fernandinho Beira-mar que, durante muito liderou o tráfico de drogas nos morros do Rio de Janeiro mesmo de dentro do presídio.

"Sou a favor do monitoramento das visitas, desde que haja indício de que o detento esteja planejando crimes. Isso tem de ser uma exceção, não pode ser regra geral. Mas para isso a legislação tem de permitir", defende o magistrado lembrando que, mesmo nos presídios federais, não é possível se isolar 100% o detento do mundo externo.

Ontem o programa "Domingo Espetacular", da TV Record, mostrou uma entrevista feita com Fernandinho Beira-mar, que está no presídio federal de Campo Grande. Nela o ex-traficante reclamou do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ao qual está submetido há mais de dois anos. No RDD o detento não tem nenhum contato com outros presos e só deixa a cela para visitas de parentes e advogados. Não é permitida visita íntima.

"O RDD é para punir o detento que não tem se comportado na prisão. Lá dentro existem regras e, se o sujeito não as cumpre, não pode ser tratado como os demais, tem de ser punido", disse Oliveira. "O RDD é um regime pesado", reconhece.

Segundo o juiz, esta é a segunda vez que Beira-mar tem de ser colocado no regime diferenciado. A primeira vez, descobriu-se e o Beira-mar, de dentro da cadeia, estava comandando o tráfico no Rio de Janeiro através de cartas. A segunda, foi porque, no início deste ano, ele estava arquitetando seqüestros de parentes de pessoas importantes, como por exemplo: o filho do presidente Lula.

Oliveira disse que é normal os presos reclamarem das regras do presídio, e ainda que eles têm o direito de fazer isso, até mesmo por escrito. "Lá eles têm liberdade de expressão". O juiz ainda lembra que o presídio federal de Campo Grande é verdadeiramente de segurança máxima. "

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