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Cidades

Operação do Ibama flagra carvoarias ilegais no Estado

Redação | 28/03/2010 11:11

A operação Corcel Negro do Ibama, que desde segunda-feira combate a produção, o transporte e o consumo ilegal de carvão no País, flagrou em Mato Grosso do Sul várias ilegalidades e lacrou duas carvoarias em Ribas do Rio Pardo e Paranaíba.

A fiscalização do Ibama no Estado lavrou 15 autos de infração. De acordo com Luiz Augusto Benatti, chefe da Divisão de Proteção Ambiental do Ibama, a maioria dos autos de infração foi por transporte irregular de carvão e produção sem comprovação de origem através do Dof (Documento de Origem Florestal).

Foram lacradas duas carvoarias ilegais na região de Ribas do Rio Pardo e uma em funcionamento no lixão da cidade de Paranaíba.

No Estado, a operação acontece em toda a região do Bolsão, tradicionalmente maior produtora de carvão. Também são fiscalizadas as indústrias siderúrgicas, grandes consumidoras de carvão.

Benatti afirma que a produção de carvão vegetal é um dos principais indutores do desmatamento nos biomas cerrado e pantanal.

O Ibama usa sete equipes de fiscais, com barreiras móveis nas BR's 497, 262 e 267, principais rodovias de escoamento da produção de carvão do Estado em direção ao pólo siderúrgico de Minas Gerais.

Em 2007, o Estado se tornou o segundo maior produtor de carvão em todo o país com um total de 4,5 milhões de metros cúbicos de carvão. No mesmo ano, também foi o maior exportador do produto para as siderúrgicas instaladas em Minas Gerais e os centros consumidores da região sudeste do país.

Estes números também incluem o carvão importado do Paraguai, que entra no Mato Grosso do Sul através da fronteira seca com o país vizinho.

Em 2008 a produção de carvão do Estado ficou em 3,8 milhões de metros cúbicos. A superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul calcula que os números de 2009 sejam menores em razão das inúmeras operações de fiscalização do Ibama deste setor no Estado e também em razão da diminuição da produção das siderúrgicas por causa da crise econômica.

Nos últimos três anos, Mato Grosso do Sul perdeu cerca de 270 mil hectares de mata nativa. De acordo com David Lourenço, superintendente do Ibama no Estado, a maior parte dessa derrubada em massa se deve à produção ilegal de carvão aqui no Estado. Hoje temos 84% da planície preservada e 47% do planalto, diz ele. "A nossa preocupação é preservar estes remanescentes do bioma pantanal", conclui.

Os alvos da Corcel Negro, entre eles empresas-fantasma, se espalham por 13 Estados além do MS: Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Piauí, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

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