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Cidades

Pacientes da psiquiatria do HR ganham alta após incêndio

Redação | 03/04/2010 16:57

Após o incêndio provocado nesta manhã por um paciente da Psiquiatria do Hospital Regional, em Campo Grande, todos os outros que estavam internados receberam alta.

Não foram encontradas vagas para eles em nenhum outro local da cidade, justifica o chefe do setor, médico José Alaíde dos Santos Lopes, de 49 anos.

De acordo com o psiquiatra, todos os pacientes que faziam tratamento de desintoxicação no local, sem exceção, tinham problemas mentais além da dependência química.

As únicas exceções foram dois dos que se recuperavam no local contra os quais havia mandado de prisão em aberto. Eles foram levados pela Polícia. Outro, do interior do Estado, foi transferido para outra ala porque estava com o pé machucado.

Todos os demais receberam alta, segundo informado por funcionários do hospital, o único com esse tipo de atendimento pelo SUS a usuários em drogas em Mato Grosso do Sul.

Eles contaram que os doze pacientes saíram acompanhados dos familiares, o último deixou o saguão por volta das 15h.

Após o incêndio que destruiu um apartamento no 5° andar, eles foram levados pelo saguão e ficaram à espera de uma vaga em outra instituição.

Pela manhã, o diretor-presidente do HR havia informado que os pacientes seriam transferidos para outros locais da cidade pela central de regulação.

Primo de um dos pacientes que estava internado, um homem que pediu para não ser identificado, com medo de sofrer retaliação e depois não conseguir vaga para o familiar, relatou ao Campo Grande News o drama de ter que levar para casa alguém que precisa de tratamento médico.

Ele alegou que o primo não poderia ir embora porque precisava se recuperar. Entretanto, como a família não tem condições de custear o tratamento particular, o jovem seria mesmo levado para casa.

Chefe da Psiquiatria, o médico responsável adiantou que esse tipo de situação irá ocorrer se a ala do hospital for mesmo fechada, como quer a direção. Isso porque o Regional é referência no Estado para desintoxicação.

No local, segundo o médico, são atendidos pacientes que agregam doenças mentais causadas pelo uso da droga. Caso seja fechado, o único local disponível na cidade, mas apenas para tratamento de doenças mentais, o Nosso Lar, não irá suportar a demanda.

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