Pai e filho cometem suicídio em aldeia
As tragédias parecem cada vez mais tristes nas aldeias de Mato Grosso do Sul. Hoje uma família guarani-ñandeva sofreu a dor de perder de uma só vez filho e pai, ambos por suicídio.
Na aldeia Potrero Guassú, em Paranhos, a 575 quilômetros de Campo Grande, o adolescente Ronei Benite, de 14 anos, chegou em casa, após a escola, determinado a ganhar um caderno. O pai, Cecílio Benite, tentou explicar ao filho que no momento não tinha dinheiro para a compra, mas que estava disposto a vender um porco para atender a vontade do rapaz. Cecílio não teve tempo.
Revoltado com a pobreza, Ronei pegou uma espingarda pressionou contra a barriga e, com o dedo do pé, atirou. A tragédia começava ali, mas ainda teria um desfecho pior. O pai, ao ver o corpo do filho caído no quintal, pegou a arma, seguiu para o quarto e também se suicidou, aos 34 anos.
A esposa, Plácida Benite, acompanhou tudo, ao lado de outros seis filhos, o menor de um ano de idade.