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Cidades

Pente-fino na Máxima compromete reconstituição de crime

Redação | 09/11/2010 10:46

A reconstituição do assassinato do estudante Paulo Henrique Rodrigues, o "Paulinho", 17 anos, foi comprometida esta manhã porque o réu Marcelo de Souza Ribeiro, o "Cicatriz", 19 anos, não pôde sair do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima.

Segundo a assessoria de imprensa da PM (Polícia Militar), a unidade prisional passa por operação pente-fino nesta manhã.

Um veículo da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) chegou no bairro onde ocorreu o crime e foi recebido aos gritos pelos moradores, que faziam protesto no Jardim Tarumã, palco do crime, mas segundo a assessoria, não levava os presos.

Colegas de escola, vizinhos, amigos e familiares vestem camisetas brancas com a foto do garoto e espalharam faixas no local onde seria feito o procedimento judicial.

"Além de perder (o filho) e ter que aguentar a luta na Justiça, é uma dor remoer a mesma cena", diz a mãe de Paulo Henrique Rodrigues, o "Paulinho", 17 anos, Maria Aparecida dos Santos. A reconstituição da morte do adolescente virou protesto, que reuniu pelo menos 50 pessoas.

Crianças também percorreram as ruas do Jardim Tarumã, onde ocorreu o crime, com mais faixas e cartazes.

Visivelmente abatida e oito quilos mais magra, Maria Aparecida, ficou muito nervosa esta manhã. Ela conta que não mudou o quarto do adolescente e nem andou com a moto que o adolescente havia comprado com o próprio dinheiro.

A namorada Andressa Lopes Negrete, 15 anos, também foi ao local para ver a reconstituição e acredita que este seja o último passo do processo. "Espero que com a reconstituição a justiça seja feita porque não vai ser fácil lembrar disso tudo de novo".

Sobre o cancelamento, a mãe disse que ninguém explicou o motivo. "Ouvi falar que era por falta de policiamento". Ela diz que não viu os presos no local, mas tem certeza que eles chegaram a ir até o bairro no carro da Agepen. "Mas um policial disse que eles estavam aqui".

Morte - O crime aconteceu no cruzamento das Ruas Itaoca e Acaia, no Jardim Tarumã, enquanto ele trabalhava em uma bicicletaria, no dia 17 de fevereiro.

Marcelo de Souza Ribeiro, o "Cicatriz", 19 anos, havia assaltado a mercearia Vital, que fica em frente à bicicletaria e que pertence ao avô da vítima. Na fuga, depois do assalto, Marcelo atirou e acertou o coração de Paulo Henrique. O adolescente chegou a ser socorrido pela mãe, que trabalhava na mercearia, mas não resistiu e faleceu no posto de saúde do bairro Coophavila II.

A partir da prisão de Marcelo, a Polícia chegou a Alessandro da Anunciação, 27, o "Testa", capturado no Jardim das Perdizes.

Anunciação é o dono da pistola calibre 45, que foi usada no crime e está apreendida. Ele era foragido da CPA (Colônia Penal Agrícola) e acumula antecedentes criminais por homicídio, roubo, receptação e estelionato. Em depoimento, ele afirma que apenas foi convidado para "cobrar uma dívida".

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