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Cidades

Pesquisa previne Alzheimer em downs por controle de zinco e alumínio

João Humberto | 24/05/2016 19:44
A pedagoga Ana Carla Gomes idealizou a pesquisa que pode ser conferida em livro (Foto: Raquel de Souza)
A pedagoga Ana Carla Gomes idealizou a pesquisa que pode ser conferida em livro (Foto: Raquel de Souza)

Pesquisa desenvolvida pela pedagoga Ana Carla Gomes investiga a relação dos minerais zinco e alumínio com a Síndrome de Down. O resultado da pesquisa mostra que hábitos saudáveis e alimentação balanceada podem auxiliar na prevenção da demência, envelhecimento precoce e até mesmo Alzheimer em portadores da síndrome.

O resultado da pesquisa desenvolvida em mestrado na área da Saúde e orientada por Lourdes Zélia Zanoni pode ser conferido no livro “Síndrome de Down: Qual a relação de zinco e alumínio no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes?". Conforme Ana, o zinco e o alumínio têm papeis importantes no desenvolvimento das pessoas, principalmente o cognitivo, relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e raciocínio.

A par disso, a pedagoga, especializada em educação especial, começou a investigar a relação dos minerais com a Síndrome de Down. O déficit ou o aumento nos índices desses elementos pode causar sérios transtornos.

A análise foi realizada com 30 crianças e adolescentes de seis a 16 anos portadores da Síndrome de Down. Nelas, a pesquisadora verificou taxas normais de zinco e aumento nos níveis de alumínio.

“Acredito que própria síndrome faz com que esse índice de alumínio esteja aumentado no organismo das crianças com Down e por isso deve haver prevenção por meios alimentares”, avalia a pesquisadora.

Uma boa alimentação e a prática de atividades físicas podem contribuir para melhorar a qualidade de vida e também os índices de zinco e alumínio, de acordo com Ana. O acompanhamento médico dos índices desses minerais previne envelhecimento precoce e até mesmo o Alzheimer, que podem ser causados por um índice de alumínio alterado.

O método utilizado para medir a taxa de alumínio, através do plasma sanguíneo, e não da urina, também foi diferencial na pesquisa. Foi justamente esse fator que a classificou como inédita internacionalmente segundo o pesquisador britânico Chris Exley, um dos maiores especialistas em estudos relacionados ao alumínio no mundo.

Currículo – Ana Carla Gomes é graduada em Pedagogia, mestre em Ciências da Educação pela Universidade Autônoma de Assunção e mestre em Saúde e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Atualmente é docente do curso de pedagogia da Unigran na Capital e colaboradora no curso de especialização em educação especial na UFMS. Também se prepara para começar a faculdade de Biomedicina e estudar a fundo as questões genéticas de sua pesquisa sobre a Síndrome de Down.

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