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Cidades

PF inicia operação contra exploração ilegal de diamantes

Redação | 18/08/2010 11:47

A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje a Operação Adamas, de combate à extração e comercialização ilegal de diamantes provenientes do garimpo da Reserva Indígena Roosevelt, município de Espigão D'Oeste em Rondônia. A ação ocorreu em várias cidades, inclusive em Campo Grande.

Não foi informado o alvo da operação na Capital de MS. A ação da PF tem como origem duas investigações desenvolvidas simultaneamente pela Delegacia de Polícia Federal em Vilhena, iniciada em agosto de 2009, e pela Superintendência Regional da PF em Mato Grosso, iniciada em fevereiro de 2010.

Foram investigadas duas quadrilhas distintas, mas ambas especializadas na exploração ilegal de diamantes, com extensões em seis Estados, incluindo o Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

A investigação indicou a existência de uma quadrilha dividida em dois ramos. O primeiro atua no garimpo. O segundo grupo atua diuturnamente na negociação das pedras preciosas obtidas ilicitamente, arregimentando compradores e intermediários interessados em adquirir os minérios e repassá-los a outros compradores localizados em diversos Estados.

De acordo com informações da assessoria da PF, a ação ocorreu, além de Campo Grande, nos municípios de Espigão D'oeste, Cacoal, Monte Negro e Ariquemes, todos no Estado de Rondônia; Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Patos de Minas, Coromandel e São Gonçalo do Abaeté, em Minas Gerais; Juína e Cuiabá, no Mato Grosso; Goiânia/GO; Brasília/DF e São Paulo/SP.

Foram mobilizados 200 policiais federais para a operação, que teve como objetivo o cumprimento de 16 mandados de prisão temporária, 2 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão, dentre os quais, 9 prisões em Espigão D'oeste/RO, 1 prisão em Monte Negro/RO, 1 prisão em Teófilo Otoni/MG, 4 prisões em Patos de Minas/MG, 2 prisões em Brasília/DF, e 1 prisão em São Paulo/SP.

No decorrer das investigações, foram realizadas sete apreensões de diamantes, o que reforçou ainda mais o conjunto de provas colhidas até o momento.

A apreensão mais recente se deu no aeroporto de Cuiabá/MT, quando um dos investigados transportava 24 pedras de quilates diversos. Em uma das apreensões anteriores, ocorrida em 24/03/2010, uma única pedra de diamante de cerca de 1 centímetro de diâmetro, com 28 quilates, foi avaliada por peritos criminais federais em R$ 233.000,00 (duzentos e trinta e três mil reais), o que indica que a quadrilha movimentava minérios de grande valor.

Todas as apreensões realizadas alcançaram o valor aproximado de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

As ações da Polícia Federal na Reserva Roosevelt, iniciadas no ano de 2004, já alcançaram a apreensão de aproximadamente 3.000 quilates de diamantes.

O nome da operação vem do grego Adamas, que significa "indomável" ou "inflexível", termo usado por escritores gregos para definir pedra de dureza "impenetrável", como o diamante.

Os presos deverão responder pelos crimes de usurpação de bem da União; extração ilegal de minerais; receptação qualificada; formação de quadrilha; falsidade ideológica e fraude processual qualificada.

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