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Cidades

Transferidos para MS 17 PMs acusados de integrar grupo de extermínio

Marta Ferreira | 16/02/2011 17:03
Major acusado de chefiar grupo de extermínio foi candidato a deputado em GO. (Diário da Manhã)
Major acusado de chefiar grupo de extermínio foi candidato a deputado em GO. (Diário da Manhã)

Foram transferidos nesta tarde para o Presídio Federal de Campo Grande 17 dos 19 policias militares presos em Goiás, acusados de integrar um grupo de exterminínio. Eles foram alvo da Operação Sexto Mandamento (Não matarás).

Os policiais foram escoltados pela Polícia Federal e pelo Depen (Departamento do Sistema Penitenciário).

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar tentou evitar a transferência, segundo divulgou o Jornal Diário da Manhã, de Goiânia. O advogado da entidade, José Maria Sobrinho, informou que entraria na Justiça alegando que os militares têm o direito de permanecer presos em quartéis enquanto não forem condenados e que todos são funcionários públicos, têm endereços fixo e colaboram com a Justiça quando solicitados.

A operação Sexto Mandamento foi deflagrada para cumprir 19 mandados de prisão preventiva e oito mandados de prisão temporária. As investigações começaram em dezembro de 2009, a partir de levantamentos do Ministério Público de Goiás, investigados pela Polícia Federal.

A PF entrou no caso por conta da violação dos direitos humanos e a interestadualidade dos crimes. “O Ministério Público acompanha esses casos há mais de uma década. Em Goiás, não há mais espaço para desrespeitos como esse”, afirmou o procurador.

A suspeita é de que o grupo de extermínio tenha feito mais de 40 vítimas, entre homens, mulheres e criança.

Os integrantes, segundo a Polícia Federal divulgou, agiam como uma milícia. Crimes cometidos desde 1996 há até poucos meses atrás figuram na lista de investigação. Os policiais uma vala clandestina nos arredores de Goiânia, onde podem estar de 12 corpos de pessoas desaparecidas O grupo atuava ainda nas cidades de Formosa, Rio Verde, Acreúna e Alvorada do Norte.

Os nomes dos transferidos não foram divulgados. Um dos presos é o major Ricardo Rocha Batista, investigado por matar 15 pessoas em menos de dois anos em Formosa (MG), além do sequestro e da execução de um fazendeiro e de quatro moradores de Flores de Goiás e Alvorada do Norte.

Ele é acusado de chefiar um grupo de oito policiais militares do 16º Batalhão. O major foi um dos primeiros a serem presos pela PF e nas últimas eleições foi candidato a deputado estadual com slogan "Tolerância zero contra o crime" dentro de um emblema de xerife.

(Com informações do Jornal Diário da Manhã)

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