ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

Polícia fecha cronologia sobre assassinato de arquiteta

Redação | 12/07/2010 18:12

Prestes a concluir o inquérito sobre a morte da arquiteta Eliane Nogueira, o delegado Wellington de Oliveira, do 4º DP, diz que já tem convicção sobre o que ocorreu no dia do assassinato, com o fechamento da cronologia do crime.

As três horas que ainda faltavam para a versão da Polícia estar fechada, já foram delineadas com base em depoimentos e investigação.

O delegado acredita que o empresário Luiz Afonso de Andrade demorou 2 horas para planejar o que iria fazer com o corpo da esposa.

Na versão policial, a partir da 1h da madrugada do dia 2 de junho, o casal discutiu muito. Eliane arranhou Luiz, que na troca de agressões esganou a arquiteta, por volta de 1h30.

Depois desse horário, na linha de raciocínio do delegado, o empresário seguiu provavelmente para sua loja, na rua José Antonio, onde trocou de roupa e pegou material combustível, já com Eliane no banco traseiro, saindo por volta de 1h45.

"Provavelmente ele pegou querosene ou thinner (solvente)", diz Wellington, com base nos produtos usados na empresa de iluminação de Luiz Afonso.

Entre 1h45 e 3h40 da madrugada, ele circulou pela cidade até decidir o que fazer com o corpo, acredita o delegado, até ser flagrado por circuito de segurança na avenida Três Barras, comprando fósforos e cigarro.

O delegado acredita que o empresário, ao pensar que havia matado a esposa, decidiu acabar com a beleza da arquiteta. O combustível foi jogado no assoalho do carro, para que as chamas pudessem desfigurar o corpo de Eliane.

Uma das portas do veículo foi deixada aberta, para que o vento pudesse alimentar ainda mais as chamas.

Depois do fogo alto, Luiz Afonso virou as costas e seguiu pela avenida Três Barras, passando de novo em frente à Conveniência Sadan Festas, quando foi novamente flagrado pelas câmeras do circuito de segurança.

Wellington diz que Luiz Afonso caminhou até a avenida Zahran ou imediações, onde conseguiu pegar um táxi até as proximidades da Rua Joaquim Murtinho. De lá seguiu até sua empresa caminhando, onde circuitos internos de TV flagraram sua chegada, às 4h55.

Segundo o delegado, Luiz Afonso estava com seu carro estacionado no prédio onde morava, na Avenida Mato Grosso. Como o tempo era muito curto para ser feito a pé desde o bairro Tirandentes, onde o corpo foi carbonizado, acredita-se que ele tenha usado um outro veículo no trajeto.

A Polícia já conversou com 14 taxistas que atuam na região, mas ainda não conseguiu qualquer informação que comprove essa tese.

O fechamento do inquérito ainda depende de todos os laudos, inclusive informações repassadas depois da quebra de sigilos telefônico e bancário, decretados na sexta-feira. Laudi preliminar aponta que Eliane ainda estava viva quando foi carbonizada.

Veja a cronologia, na versão da Polícia Civil.

21h30

Nos siga no Google Notícias