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Cidades

Polícia reforça tese de que arquiteta morreu por ciúmes

Redação | 02/07/2010 16:37

O delegado Luis Tomaz de Paula Ribeiro, que ouviu o empresário Luiz Afonso Andrade na tarde de hoje, disse que depoimentos e evidências reforçam a hipótese de que a arquiteta Eliane Nogueira, 39 anos, morreu por ciúmes do marido, por ter uma vida social cada vez mais movimentada.

Recentemente, ela participou da Casa Cor, quando foi premiada ao lado do sócio Luiz Pedro Scalise. O evento é o maior do setor de arquitetura no País e garante notoriedade no mercado.

"Ela teve projeção social e isso pode ter gerado ciúmes", comenta o delegado, que também disse ter sentido forte cheiro de fumaça em objetos apresentados pelo empresário.

Segundo o delegado, durante todo o dia o suspeito pareceu estar tranquilo, sempre negando a autoria do crime. Ele tentou convocar um advogado para defendê-lo, mas o primeiro não aceitou por ser amigo do casal. Agora a defesa será feita pelo criminalista Rui Lacerda. Ele só deve conversar com o cliente amanhã de manhã.

O corpo de Eliane ainda está no IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal), onde ainda passa por perícia.

Também hoje, em depoimento, um dos porteiros do prédio onde vivia Eliane garantiu que ela não retornou para casa ontem, ao contrário do que contou à Polícia o marido da vítima. Ele disse ter deixado a mulher em casa, depois de festa na noite de quinta.

A testemunha, que não foi identificada pela Polícia, relatou que Eliane era bastante simpática e nunca entrava sem, ao menos, cumprimentar quem estava na portaria do prédio, localizado na avenida Mato Grosso.

As declarações complicam ainda mais a situação do empresário Luiz Afonso Carvalho, que teve a prisão provisória decretada por 30 dias, diante das evidências sobre o envolvimento dele na morte da arquiteta.

A Polícia também ouviu hoje a pessoa que chamou os bombeiros para apagar o fogo no carro da arquiteta. Segundo o morador do bairro Tiradentes, primeiro houve um forte barulho e depois o fogo, mas ela não soube dizer se o que ouviu foi tiro ou uma explosão. Eliane foi encontrada no banco traseiro.

Contradição - Com Luiz Afonso também foi encontrada uma nota de R$ 50,00, referente à compra de gasolina em um posto na rua 13 de maio, às 14 horas de ontem.

Quando foi questionado se abasteceu o veículo nesta quinta-feira, ele disse que não, caindo na primeira contradição desde que foi localizado pela Polícia.

A segunda evidência que levou à prisão temporária foi uma foto da festa em que estava o casal, onde o marido aparece com roupas diferentes das apresentadas por ele à polícia.

Os dois foram juntos à festa, no carro de Eliane, um Polo e, segundo depoimentos de amigos, ninguém notou qualquer desentendimento ao longo da noite. Eles chegaram ao evento, no bufê Ondara, por volta de 22 horas, depois decidiram sair para jantar, o casal em um carro e o arquiteto Luiz Pedro Scalise em outro.

Como o restaurante estava fechado, foram embora e foi a última vez que Scalise viu a amiga. Sobre a relação do casal, o arquiteto foi sucinto: "O que sei é o que todos sabiam", disse, referindo-se ao fato de brigarem muito, fato também admitido por Luiz Afonso.

Luiz Afonso nega qualquer agressão contra a esposa, da qual estava separado há 3 dias.

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