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Cidades

Policial presa com cocaína está a dois anos de se aposentar

Fernanda Mathias | 09/05/2016 12:20
Droga apreendida é avaliada em R$ 3 milhões  (Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação)
Droga apreendida é avaliada em R$ 3 milhões (Foto: Polícia Rodoviária/Divulgação)

A policial rodoviária federal presa em flagrante no último sábado (07), em um carro com 108 quilos de cocaína, está a dois anos de se aposentar, diz o advogado de defesa Marcos Ivan. O nome dela está sendo preservado pela Polícia. 


Há 18 anos na corporação e atualmente lotada na área administrativa, em Campo Grande, a policial já respondia processo por descaminho de suplemento alimentar, fato ocorrido em janeiro do ano passado em Ponta Porã. O advogado alega que neste caso ela foi envolvida pelo ex-marido e que por isso o processo não avançou.


A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou esta manhã, em entrevista coletiva, que a suspensão do processo ocorreu devido à sucessiva apresentação de atestados de saúde e que desta vez o novo processo administrativo será finalizado em até 150 dias, podendo, inclusive, culminar em expulsão da corporação.


Depressão – O filho da policial, de 26 anos, que também está preso, assumiu integralmente a culpa pelo tráfico e inocenta a mãe, segundo o advogado de defesa. O histórico de tratamento contra depressão também deve fundamentar a defesa da policial.


Ivan afirma que há dois anos ela é acompanhada e medicada e que o quadro se agravou após o flagrante de janeiro do ano passado. “Foi uma situação gerada pelo ex-companheiro que resultou em separação. Ela faz tratamento, toma remédios controlados para dormir, fica praticamente fora de si, além de sofrer de pressão alta e problemas do coração”.


O advogado também confirma que entrará com pedido de revogação da prisão preventiva decretada, inclusive alegando que ela corre risco de vida por ser policial.


Flagrante – O flagrante de tráfico foi feito no último sábado (07) por policias do TOR (Tático Ostensivo Rodoviário), no quilômetro 212 da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), a Bauru-Jaú. A droga, avaliada em R$ 3 milhões, estava em uma Renault Duster com placas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A polícia informou que a mulher conduzia o veículo e quando foi parada se mostrou nervosa, alegou que estava indo para Americana, no interior paulista, para comprar roupas, se identificou como policial rodoviária federal, tentando evitar a batida policial.


Interrogada, contou que a droga estava sendo transportada desde a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade brasileira Ponta Porã (MS). Mãe e filho foram levados para as cadeias de Avaí e Pirajuí, respectivamente. Segundo a PRF, a remoção para Campo Grande só ocorrerá se ela solicitar.
Na esfera administrativa, a PRF abriu procedimento que pode culminar na expulsão da policial, caso comprovada a culpa.

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