ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Cidades

População reclama que matagal só é lembrado após crimes

Redação | 18/03/2009 09:50

Uma enorme área abandonada, próxima à avenida Rachel de Queiroz, entre Aero Rancho e Jardim das Hortênsias só é lembrada qunado alguma tragédia ocorre no local. Os moradores garantem que nunca a imobiliária dona dos lotes foi multada.

Na manhã de domingo, a jovem Helen Neres Nunes, de 30 anos, foi encontrada morta no matagal, uma ano depois do garoto Luis Eduardo, Dudu , também ser visto pela última vez em frente a área.

O abandono assusta moradores da região, que já estão acostumados a presenciar a busca de corpos no local, sempre que algum crime é investigado.

Helen sofreu violência sexual e morta a pedradas. A jovem estava desaparecida desde quarta-feira e a Polícia suspeita que o crime tenha ocorrido há pelo menos três dias da data que foi encontrada e no próprio local, que segundo moradores é usado para bebedeira e uso de drogas. O corpo apresentava avançado estado de putrefação.

No mesmo terreno, foi encontrado um chinelo do menino Luis Eduardo Gonçalves, desaparecido em dezembro de 2007, no Jardim das Hortênsias. Ele foi visto pela última vez em uma casa, bem na frente da área.

Segundo relatos de moradores da região, o local escolhido por usuários de drogas como ponto de encontro, tem ficado cada dia mais perigoso. "Aqui aparece gente de todo lugar para fumar maconha", disse uma moradora que preferiu não se identificar. Na avaliação dela, a prefeitura deveria se posicionar e construir no local um conjunto habitacional. "Se ai tivesse gente morando não teria esse bando por aqui fazendo porcaria", opina ela.

O matagal conhecido na região como manguezal ocupa quarteirões, onde também é usado como despejo de lixo. De acordo com os moradores, a áreas é de propriedade privada, mas nunca foi feito nada em relação ao descaso por parte do proprietário. "Quando o Dudu sumiu, eles fizeram uma limpeza parcial do local", contou uma jovem que mora próximo dali.

Uma comerciante local conta que o medo vem tomando conta da população. Para ela, o matagal tem colocado em risco a vida dos moradores e até instalado "toque de ecolher". "Depois das 17 horas não dá mais para sair de casa", reclama afirmando que nem as crianças tem mais brincado na rua por conta da marginalidade. "Quando estão na rua, tem sempre um adulto junto".

Nos siga no Google Notícias