Praça do Leblon é usada como depósito de entulhos

Há mais de vinte dias, a praça do Jardim Leblon, na região sul de Campo Grande, virou depósito de lixo, reclamam os moradores.

A área entorno do campo de futebol e da escola estadual, não lembra em nada local originalmente destinado a caminhadas e ao lazer da comunidade, em uma das regiões mais populosas da Capital.

No lugar são vistos até móveis velhos, como sofá, além de restos de construção e muitos galhos, resultado de poda "irracional", na avaliação da moradora Matilde da Silva Oliveira.

Ela conta que um homem cortou as árvores no início do mês, apesar da reprovação geral dos moradores. "Foi uma judiação. Cortaram errado".

Em algumas, é possível perceber que a motossera foi usada sem nenhum cuidado, com troncos cortados pela metade.

Ainda conforme relato de vizinhos, a alegação para o corte foi livrar a iluminação, que já não tinha efeito, por conta do matagal que ganhou grandes proporções.

Natalia Clementino, de 24 anos, brinca com a situação, que não mudou muito após os cortes, "O mato é tanto que se colocar gado aqui, engorda em 3 dias".

Até um barracão que começou a ser construído para abrigar o centro comunitário, virou ponto de uso de drogas, diz a moradora. "Minha mãe teve de pagar para fechar o barracão", reclama.

Sobre a poda, ela conta que o presidente de bairro, Aparecido Alves das Neves, foi o responsável. "Já reclamei e ele prometeu que a prefeitura ia recolher na terça, mas nada".

O presidente garante que resolveu fazer o serviço por conta própria porque não conseguia o trabalho via prefeitura. "Tentei várias vezes, mas nada", reclama. "Tem lixo para mais de metro ao redor da escola estadual Brasilina Ferraz", complementa.

Ele admite que o serviço foi "mal feito" e diz lamentar porque pagou R$ 300, para o corte.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande foi comunicada do problema e levanta porque a praça está em situação de abandono.