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Cidades

Prefeita fará reunião para discutir futuro de secretário preso pela PF

Filipe Prado | 30/05/2014 18:11

Além do ex-secretário municipal de Governo e Comunicação e diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação de Ponta Porã, Leonardo Derzi Resende, acusado de integrar uma quadrilha de traficantes, que vendia cocaína para quatro estados do país, a PF (Polícia Federal) prendeu mais 19 pessoas por participar do esquema. O grupo utilizava uma transportadora de Dourados para enviar cocaína para quatro estados: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

De acordo com a prefeita interina de Ponta Porã, Sônia Cintas (PT), ela fará uma reunião com todo o secretariado, na noite de hoje (30), para definir o futuro do diretor-presidente. A vice-prefeita assumiu a administração da cidade até o dia 12 de junho, por conta de uma viagem do atual prefeito Ludimar Novaes.

Conforme o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Sandro Luciano Caron, a transportadora de Dourados, que não teve o nome divulgado, enviava a droga em fundos falsos dos caminhões, que chegavam a percorrer 30 dias, pelo país, entregando a droga.

Foram apreendidos pela PF: Ailton Fernandes Gonçalves; Anderson Anhasco Espinaco; Cinthya Piechocki Vignoni, esposa do Argentino; Ricardo Luiz Piechocki, irmão de Cinthya, Devair Alves de Oliveira; Jarvis Chimenez Pavão, narcotraficante do Paraguai; Thiago Serviam Duarte, preso na operação Lanvaderia 2011; Luiz Antonio Blans da Silva; Vitor Hugo dos Santos; Fabiano Cardoso Rodrigues; Fabio Lopes; José Roberto de Oliveira; Maria Helena Paredes; Natal Júnior Valandro Ceon; Pedro Paulo Lopes;Rone Peres Barbosa;Rudi Cesar Cardoso; Walter Matozo Gonçalves Júnior.
A quadrilha, segundo o superintendente, mandava de 100 a 200 quilos de cocaína por vez. A primeira apreensão, de 161 quilos de cocaína, ocorreu em maio do ano passado em Muçum (RS).

A compra de carretas e caminhões para a transportadora de Dourados era um dos meios do grupo criminoso lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

O chefe da quadrilha, segundo o delegado Daniel Madruga, o argentino Aldo Fabiano Vignoni, que já foi preso por tráfico de drogas em 2010 e foi libertado dois anos depois de cumprir pena no presídio central. Ele conseguiu se reerguer e até utilizava uma revendedora de veículos para lavar o dinheiro obtido com o crime organizado. No Rio Grande do Sul, a Operação Suçuarana prendeu quatro pessoas, sendo três em Porto Alegre e um em Gravataí.

O principal fornecedor de cocaína era o narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, preso no Paraguai. A droga chegava ao Paraguai de avião, era refinada em um laboratório de Ponta Porã e seguia para Dourados, onde era embarcada na transportadora e ia para outros quatro estados em fundos falsos de carretas e caminhões.

Além dos 10 presos, a PF sequestrou 150 veículos, 21 imóveis e as contas bancárias da quadrilha. Eles podem ser condenados a penas de até 40 anos de prisão por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

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