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Cidades

Preso integrante de gangue que matou jovem em feira

Redação | 29/12/2009 16:29

A Polícia Civil cumpriu ontem (28) às 19h30 mandado de prisão contra Fernando Gregório dos Anjos da Silva, de 21 anos, indiciado pela participação no homicídio de Fabrício Falcão Alves, de 27 anos. A vítima foi morta com sete tiros à queima-roupa ao meio-dia, em plena feira do Jardim Los Angeles, em Campo Grande, no dia 29 de novembro deste ano.

Fernando foi localizado em uma residência na rua Peixoto, em frente à casa de uma amiga. A princípio ele negou participação no crime, mas ao ser informado de que toda a comunidade apontava seu envolvimento, confessou ter disparado duas vezes contra Fabrício.

Os outros cinco tiros foram disparados por Carlos Henrique Ferreira Ocampos, de 21 anos, também preso pelo crime.

Fernando está preso na 5ª Delegacia de Polícia da Capital. O jovem disse ao Campo Grande News que se arrepende do crime, e que o único antecedente que tinha era por desacato, que já havia sido 'pago' à Justiça. Ele alega que era ameaçado pela vítima. "Onde ele encontrava a gente dava tiro", justifica.

A Polícia cumpriu nesta manhã mandado de busca e apreensão na casa de Fernando, onde foram encontradas seis munições de calibre 38. A arma do crime não foi localizada. Segundo ele, foi vendida após o assassinato.

A investigação sobre o homicídio está em fase de conclusão, explica o delegado Márcio Obara. Além do indiciamento de Fernando, por participação no crime, foi preso e indiciado Carlos Henrique Ferreira Ocampos, de 21 anos, apontado como o autor.

Outro envolvido que ajudou na fuga dos dois é Weslei Maikon da Silva, de 18 anos, que teve a prisão temporária decretada no dia 11 de dezembro, mas foi liberado ontem (28) por conta da menor participação no assassinato.

Ele teve a motocicleta usada na fuga submetida a perícia, e foi indiciado pela participação no homicídio doloso duplamente qualificado.

Bárbaro - O delegado responsável pelo inquérito explica que não foi difícil apontar a autoria do crime, tamanha foi a cooperação da comunidade do bairro que ficou chocada com a barbárie do assassinato, que ocorreu em plena luz do dia diante de vários moradores.

Eles contaram que Carlos Henrique e Fernando chegaram atirando, perseguiram Fabrício e dispararam com ele de costas. O rapaz chegou a parar, virar-se para os atiradores e erguer as mãos pedindo para não ser morto, mas foi executado diante de todos com sete tiros.

Apenas dois disparos teriam sido feitos por Fabrício. Depois de descarregar a arma na direção da vítima, Carlos pegou o revólver dele para terminar a execução.

Carlos Henrique é apontado como o autor de outros três assassinatos no mesmo bairro, todos ocorridos neste ano. Segundo o delegado, o jovem tem comportamento agressivo e tenta dar legitimidade aos crimes. Apesar disso, Carlos é trabalhador, tem as mãos calejadas e não tem envolvimento com drogas.

Fernando, preso ontem pela participação no crime, também não tinha histórico criminal. Ele trabalhava na confecção de uma loja de roupas, mas abandonou o serviço após ajudar a matar Fabrício, por medo de retaliação da família.

A causa do homicídio são as rixas entre gangues do bairro. Um amigo de Fabrício teria deixado tetraplégico um primo de Carlos, no início deste ano.

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