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Cidades

Presos de Três Lagoas e Paranaíba também tentaram fuga no fim de semana

Agepen não divulgou motivos que levaram internos dos presídios de Três Lagoas e Paranaíba a quererem fugir; na Capital, o medo tomou conta de internos ‘jurados de morte’

Anahi Zurutuza | 12/12/2016 18:35
Fachada do presídio de Três Lagoas (Foto: Site Hojemais)
Fachada do presídio de Três Lagoas (Foto: Site Hojemais)

Além dos dois presos da Penitenciária Estadual de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, agentes penitenciários frustraram tentativas de fuga nos presídios masculinos de Três Lagoas e Paranaíba neste fim de semana.

A informação foi divulgada no fim da tarde desta segunda-feira (12) pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). O órgão estadual garante que ocorrências do tipo aumentam no fim de ano por causa das proximidades com o período de festas e não à “guerra” entre facções que coloca em desespero internos jurados de morte, como apurou o Campo Grande News por meio de depoimentos de familiares de internos e informações prestadas por presidiários à polícia.

Durante operação pente-fino na manhã de domingo (11) no Presídio Masculino de Três Lagoas, agentes encontraram a cela 15, do pavilhão 6, com uma grade serrada. O interno Cleone Antônio de Alvarenga confessou que tinha a intenção de fugir.

Os detentos que estavam no espaço foram isolados, segundo a Agepen, que não divulgou se o interno justificou o motivo da tentativa de fuga.

No Estabelecimento Penal de Paranaíba, por volta das 3h desta segunda-feira (12), agentes contiveram dois internos que serraram a grade da cela e correram até o alambrado.

A equipe de plantão acionou o alerta e, com o auxílio da Polícia Militar, a dupla foi presa.

Motivo – O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, disse, por meio da assessoria de imprensa, que as tentativas de fugas se intensificam nesta época “por ocasião das festas de fim de ano”. Ele garantiu que os cuidados foram redobrados.

Entrada da Máxima, em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Entrada da Máxima, em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Desespero e mortes – Na noite deste domingo (11), dois presos tentaram fugir da Máxima, que fica na rua Indianópolis, no Jardim Noroeste – leste de Campo Grande.
Ao serem surpreendidos, Fernando Costa Sucker e Carlos Eduardo de Oliveira da Silva, ambos de 28 anos, disseram que queriam escapar porque foram ameaçados de morte por outros detentos.

A fuga teria sido um ato de desespero, já que os presos já haviam pedido para serem transferidos, por terem sido “jurados de morte”. Os dois foram encaminhados para uma cela disciplinar, onde ficam isolados.

Duas mortes registradas na Máxima também são sinais de que o caos se instalou dentro do Complexo Penal de Campo Grande. Adonias da Silveira Felipe, 33 anos, foi achado morto na penitenciária na segunda-feira passada. A cena era a de um suicídio, no entanto, a suspeita da polícia é de que ele tenha sido assassinado.

No mês passado, Leandro Barbosa Pereira, 23, foi encontrado enforcado também na Máxima. Ele era de Nova Andradina e um dia antes havia sido transferido para o presídio da Capital.

O rapaz chegou a relatar para o oficial do dia, servidor plantonista, que foi membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e estava jurado de morte, porque não havia cumprido uma missão para o grupo criminoso.

Para a reportagem, a mulher de um preso relatou que “a cabeça” de um membro de facção rival vale R$ 50 mil na Máxima. A Agepen reconhece o 'período conturbado' dentro de alguns presídios, mas diz que a questão é um problema nacional e que tem buscado soluções para que a situação não se transforme em caos.

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