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Cidades

Produtores impedem invasão a tiros e trator é queimado na porta de fazenda

Graziela Rezende | 12/11/2013 09:50

Cerca de 20 índios da etnia Terena tentaram ocupar uma propriedade rural em Miranda, a 201 quilômetros da Capital, na madrugada desta terça-feira (12). Segunda um líder indígena, Teófilo Rodrigues, 58 anos, houve retaliação por parte dos fazendeiros e o grupo se dispersou após um tiro disparado próximo ao pé de um índio. Os produtores rurais garantem que os indígenas estavam munidos de espingardas, arco e flecha e que eles seriam os responsáveis por atear fogo em um trator estacionado na entrada da fazenda.

“Nós chegamos por volta das 5h30 e chamamos pelo dono da Fazenda Garrote. Ele nos recebeu alvejando o pé de um dos nossos índios, porém o tiro não acertou e nos dispersamos. Mesmo assim, deixamos um trator na entrada da fazenda, sendo que uma hora depois outros fazendeiros se juntaram e incendiaram totalmente o veículo”, acusa o líder.

Já o produtor rural Assunção Júnior, 45, que é vizinho de uma área invadida, ressalta que ação criminosa ocorreu por parte dos indígenas. "Eles já chegaram tentando intimidar a família, falando que ali ocorreria uma manifestação e que eles iriam tomar a terra do chacareiro. É um local de 55 hectares, onde reside uma família, inclusive com duas adolescentes de 12 e 14 anos. Enquanto o dono conversava com os índios, a esposa dele ligava para amigos e vários fazendeiros foram chegando, o que assustou os indígenas", comenta o produtor.

Neste momento, revoltados com a impossibilidade de ocupar o local, os indígenas conseguiram fechar a entrada da fazenda e colocaram o trator, conforme o produtor rural. "Eles colocaram fogo e inverteram a história, falando que é culpa do chacareiro. Vivemos aqui com medo dessa ameaças e muitos sabem que eles não falam a verdade", lamenta o produtor.

Neste momento, os indígenas estão na Aldeia Passarinho e aguardam a chegada da Polícia Federal para a realização da perícia. “Já foi feita uma ocupação nesta mesma sede no ano de 2007 e 2008. Sabemos de um estudo antropológico e queremos uma solução por parte do Governo Federal”, explica a liderança.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou que uma equipe está se deslocando para o local.

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