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Cidades

Professores rejeitam proposta e ameaçam greve a partir de quarta

Edivaldo Bitencourt e Ricardo Campos Jr. | 22/05/2015 15:15
Professores estaduais de Campo Grande aprovaram greve na hora do almoço (Foto: Fernando Antunes)
Professores estaduais de Campo Grande aprovaram greve na hora do almoço (Foto: Fernando Antunes)

Os professores da rede estadual de ensino rejeitaram a proposta do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e ameaçam iniciar greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira (27). A decisão foi aprovada, há pouco, em assembleia geral na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e deve deixar 270 mil estudantes sem aulas.

A proposta do Governo era postergar a integralização do piso nacional de 40 para 20 horas de 2018 para 2022. A medida exige mudança na lei aprovada em 2013, penúltimo ano da gestão de André Puccinelli (PMDB).

Os professores realizaram assembléias nos municípios e 90% das cidades rejeitaram a proposta. Cerca de 450 delegados participaram da reunião de hoje a ratificaram a paralisação a partir de quarta-feira. Eles também não aceitaram a proposta de reajuste de 4,37% em outubro deste ano e o repasse do reajuste nacional do piso em janeiro de 2016.

Segundo a secretária geral da Fetems, Deumeires de Moraes, a decisão é a mais acertada neste momento. “A contra proposta (do Governo) é ruim para a categoria”, enfatizou. Ela destacou que os professores fizeram acordo com o Governo do Estado e não com o ocupante da Governadoria, em alusão ao acordo ter sido fechado por Puccinelli e ter de ser cumprido por Azambuja.

Outro ponto rejeitado foi a manutenção da data-base dos servidores administrativos em maio. Eles tiveram aumento dos salários em dezembro do ano passado e teriam reajuste zero neste mês. Neste caso, a categoria ficaria sem correção nos salários por 16 meses.

A proposta do Governo era elevar o salário para 73,79% do piso em outubro deste ano. Pela proposta, nos próximos sete anos, os salários teriam correção de 3,74% em outubro de cada ano.

Com a decisão, a greve pode deixar 270 mil estudantes sem aulas nas escolas públicas estaduais a partir de quarta-feira. Na Capital, os docentes da rede municipal cruzam os braços na segunda-feira e devem deixar 100 mil estudantes em casa.

O governador Reinaldo Azambuja afirmou, de manhã, que espera responsabilidade dos servidores públicos. Ele destacou que o Governo não dispõe de recursos para conceder reajuste salarial neste ano.

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