Projeto dá largada a ações para recuperar Guariroba
Responsável por 50% do abastecimento de água de Campo Grande, com área de 36 mil hectares e 62 propriedades rurais, a APA (Área de Proteção Ambiental) do Guariroba será alvo de ações, com recursos de R$ 900 mil, para combater duas graves ameaças: devastação da mata ciliar e assoreamento.
Nesta segunda-feira, teve início a primeira de cinco etapas para proteger o local. O primeiro passo é um curso, com duração de uma semana, para que as ações sejam uniformizadas.
Ministrado pelo professor Fernando Falco Pruski da Universidade Federal de Viçosa (Minas Gerais), o curso, realizado na empresa Águas Guariroba, conta com representantes de produtores rurais, Agraer, UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Conselho Municipal do Meio Ambiente.
As futuras ações serão: recuperação da mata ciliar, cercamento da reserva, recuperação do solo e recuperação de estradas. "O período de recuperação é de dez anos", afirma o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Marcos Cristaldo.
Os mecanismos para proteção da APA Guariroba, localizada na saída para Três Lagoas, só começaram a ser discutidos em 2006, quando o MPE (Ministério Público Estadual) abriu processo.
De acordo com a promotora de Meio Ambiente, Mara Bravo, em 2005 uma chuva forte destruiu as estradas, levando sedimentos para os cursos de água, provocando assoreamento. A degradação foi denunciada por entidades, que chegaram a sugerir que a prefeitura desapropriasse a área para garantir a preservação.
Após a denúncia, o primeiro problema foi a falta de um plano de manejo, que ficou pronto só 15 anos depois da criação da APA. "O plano tem 14 metas.