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Cidades

Quinze pessoas são acusadas de lucrar com golpe da casa

Redação | 19/03/2009 06:28

Desde a primeira vez que "abriu a boca", depois de ser preso no dia 15 de março pela Polícia Rodoviária Federal portando documento falso, Ademar Pereira Mariano já relacionou 15 pessoas que teriam lucrado de alguma forma com o golpe da casa da Agehab.

O ataque começou pelo deputado federal Vander Loubet - para prejudicar o senador Delcídio, seguiu contra o servidor federal Paulo Barbosa da Luz - suposto mentor do esquema e a delegada Rosely Molina - que teria recebido propina.

Nas primeiras declarações do golpista, outra pessoa citada foi Kátia Miranda, que Ademar teria conhecido por meio do irmão de Marlene Loubet, esposa de um primo de Vander Loubet.

Kátia, o marido Adson Zerial (da Agepen) e a mãe dela, também ganhavam com o esquema, garante Ademar. Ele relatou que certa vez, a servidora da Sejusp chegou a dizer que suas "costas quentes" garantiram, inclusive, guarida ao pistoleiro que matou o vereador ratinho, em Bela Vista.

Um homem identificado por ele como Claudevan seria mais um membro do bando, o "coordenador" de rua, responsável por arregimentar os interessados, com o apoio de Kátia, o esposo e a mãe, além de Marlene Loubet, Adriano Maldonado, Valter Gauna e um homem identificado como Antônio, além um casal de amigos que mora em Indubrasil.

Por contrato fechado, cada um recebia R$ 1,5 mil. Como não tem pratica em digitação, Ademar teria pago a outro comparsa para ficar responsável por redigir todos os "documentos" , chamado Wellington, de Dois Irmãos do Buriti.

Repressão - De maneira desconexa, Ademar também diz ter sofrido perseguições depois de descoberta as fraudes. Ele cita um suposto policial federal "bombadinho", chamado Adriano Maldonado, acusado de fazer ameaças contra ele, com apoio de policiais do Cigcoe.

Disse também que era perseguido pelos policiais civis Carlos Savari e Avalos, que teria oferecido $ 50 mil a uma amiga de Ademar em troca da informação sobre o paradeiro dele, que já estava foragido. Savari seria parente de outra vítima do grupo.

Segundo Ademar, a Polícia Militar chegou a invadir sua casa, no dia 13 de janeiro, na avenida Tiradentes, em Campo Grande, onde apreendeu documentos, computador, os celulares utilizados para negociar com as vítimas, móveis e até uma moto Biz. No seu primeiro depoimento, garantiu que a operação ocorreu a mando do "coronel Loubet", por ter parentes que também caíram no golpe.

Já no terceiro e último depoimento até agora, dado à Corregedoria-Geral da Polícia Civil, na terça-feira passada, algumas declarações mudaram completamente.

Sobre a servidora da Sejusp e o esposo dela, Ademar também amenizou as denúncias, disse que apenas "vendeu" cerca de 10 casas aos dois e a parentes deles, que também indicavam "clientes", mas sem cobrar comissão alguma.

Kátia Miranda teria ajudado com repasse de informações sobre o andamento das investigações. A mãe da servidora teria pedido R$ 5 mil emprestados, mas a quantia não foi repassada, conforme Ademar.

Ele também mudou a versão sobre a "invasão" da PM em sua residência de Campo Grande. Disse que os policiais foram acionados por uma mulher chamada Roseli que teria paga pela casa da Agehab com uma moto Biz, mas como nunca recebeu o imóveis e resolveu acionar a Polícia para pegar o veículo de volta.

Mesmo assim, ele garante que tudo que havia dentro da casa foi levado pelo PM, sem qualquer satisfação sobre o paradeiro dos bens.

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