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Cidades

Para registrar boletim de ocorrência população tem de esperar 3h, em média

Paula Vitorino | 15/02/2011 18:50
Valdemar tenta há três dias registrar boletim de ocorrência. (Foto: João Garrigó)
Valdemar tenta há três dias registrar boletim de ocorrência. (Foto: João Garrigó)

Pelo terceiro dia, Valdemar Moraes, 48 anos, procura uma delegacia de polícia civil para tentar registrar um boletim de ocorrência por roubo.

“É uma humilhação, desrespeito as pessoas. A situação nas delegacias está pior que nos postos de saúde”, frisa.

Hoje (15), ele ficou das 10h até ao menos às 16h, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, em mais uma tentativa de registrar a ocorrência.

Mas Valdemar era apenas um dos que aguardavam para registrar boletim de ocorrência na tarde de ontem. A sala de espera da Depac estava cheia.

A demora no registro das ocorrências é devido a problemas no sistema do Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional), utilizado desde 2006 para registro das informações da segurança pública do Estado.

Há três semanas o sistema está lento e por vários momentos fica “fora do ar”. A justificativa para as constantes “paradas” do Sigo é que o sistema está em manutenção para atualização dos servidores e a previsão da Polícia Civil é de que até amanhã (16) a situação seja resolvida.

De acordo com o investigador Hugo Almeida, em dias normais são registrados em média 80 boletins de ocorrência, no entanto, apenas 31 ocorrências haviam sido registradas até às 16h de ontem na Depac.

“Quando não está fora do ar, fica lento, travando. Quem precisa registrar a ocorrência tem de esperar, não tem outro jeito”, diz.

O tempo médio de espera nesta terça-feira (15) é de 3h.

O delegado plantonita esclareceu que ocorrências com flagrante ou de casos mais graves têm prioridade no atendimento.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que as ocorrências não podem deixar de ser registradas quando o Sigo estiver “fora do ar”. A alternativa é colocar as informações no Word, por exemplo, e depois repassá-las ao sistema, oficializando o caso.

Ainda segundo a assessoria, mesmo quando o Sigo não está funcionando providências preliminares em relação às ocorrências devem ser tomadas pelos policiais quando o caso requerer.

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