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Cidades

Sem ser algemado, Beira-Mar garante que é só empresário

Redação | 15/08/2008 09:59

Os advogados do traficante Fernandinho Beira-Mar garantiram a ele o direito de assistir audiência no Rio de Janeiro sem ser algemado. Nos argumentos utilizados, a defesa fez comparações com o caso mais famoso do momento, envolvendo o uso das algemas no País. "Cacciola estava foragido e não ficou algemado. Beira-Mar é negro, nasceu na favela e mora na cadeia, mas o direito é o mesmo", disse o advogado Francisco Santana, ao portal G1.

Beira-Mar deixou ontem o Presídio Federal de Campo Grande, para acompanhar audiência na 4ª vara do Tribunal do Júri do Rio. Um esquema com 15 policiais federais, armados com fuzis, e cinco viaturas, garante a escolta do preso.

O traficante responde a inúmeros processos, mas esse caso, especificamente, se refere a 1996, em processo por associação para o tráfico. A acusação é de que naquele ano Beira-Mar se associou a mais oito pessoas para tentar expandir seus negócios de venda de drogas no município em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense

Depoimento - O traficante chegou às 7 horas (horário/RJ) ao fórum, mas só foi ouvido às 10 horas. Em depoimento de apenas 5 minutos, à juíza Maria Angélica Guerra Guedes, o traficante negou qualquer envolvimento. Disse que fazia um curso pré-vestibular na época e admitiu ter morado na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas garantiu ser empresário, apenas, com loja de materiais de construção.

Beira-Mar negou envolvimento com o crime e alegou que a polícia tenta relacionar casos ocorridos em Duque de Caxias ao nome dele. "Tudo que acontece em Caxias eles atribuem a mim para valorizar o processo", comentou, segundo o site Terra.

Na última quarta-feira , decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) regulamentou a proibição de algemas em operações policiais e julgamentos, quando o acusado ou preso não representarem risco de fuga ou a segurança de outras pessoas.

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