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Cidades

Sindicância contra PRFs presos deve terminar em julho

Redação | 24/05/2010 10:49

Sindicância instaurada contra os 13 policiais presos na Operação Diamante Negro deve ser concluída só em junho, dois anos depois que o caso veio à tona. A informação é da corregedora regional da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Vera Lúcia Cella.

Ao fim da investigação feita pela Corregedoria, o procedimento é encaminhado ao Ministério da Justiça, órgão encarregado de decidir se os policiais serão demitidos ou não.

Dos 13 policiais rodoviários federais de Mato Grosso do Sul que foram presos em junho de 2008, onze estão de volta ao trabalho e dois se aposentaram.

O corregedor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Lorival Carrijo da Rocha, explica que processos que envolvem muitos policiais levam mais tempo para ser concluídos.

Entretanto, ele não acredita que demora comprometa da credibilidade da Corregedoria.

"O tratamento de choque foi dado. Eles (os acusados) foram presos por força do trabalho da Corregedoria", destaca Carrijo.

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou 20 pessoas envolvidas na máfia do carvão, desmantelada pela PF (Polícia Federal) e PRF (Polícia Rodoviária Federal), após quase um ano de investigações.

Os policiais foram denunciados pelos crimes de concussão, corrupção passiva ( por receberem propina) facilitação de contrabando e descaminho e formação de quadrilha. Os demais, empresários que se favoreciam do esquema e pessoas que intermediavam a negociação, foram denunciados pelos crimes de corrupção ativa (por oferecerem propina).

O carvão produzido ilegalmente tinha como destino siderúrgicas em Minas Gerais e São Paulo. Por conta da facilidade de corromper os policiais rodoviários, o posto de Paranaíba era conhecido como "posto do pedágio" ou "posto do cinquentão". Os policiais recebiam entre R$ 1 e R$ 1,5 mil de propina por dia.

O carvão que eles deixavam passar sem a devida fiscalização, era produzido através da extração de madeira de áreas de preservação ambiental. Era transportado e negociado sem DOF (Documento de Origem Florestal) ou com documentos falsos.

Os outros oito foram presos posteriormente. Ao todo foram expedidos 35 mandados de prisão, mas apenas os policiais rodoviários federais tiveram a prisão preventiva decretada. Os policiais foram soltos ainda em 2008.

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