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Cidades

Um mês à frente do Incra, Celso Cestari diz que intervenção política foi maior que crise dentro do órgão

Paula Maciulevicius | 08/11/2011 19:55

“Foi desastrosa e terminou com qualquer processo de gestão que fosse implantado”, disse Cestari ao Campo Grande News

“Estamos fazendo levantamentos e o que parecia astronômico não é o que estamos encontrando”, ressaltou Celso Cestari. (Foto: João Garrigó)
“Estamos fazendo levantamentos e o que parecia astronômico não é o que estamos encontrando”, ressaltou Celso Cestari. (Foto: João Garrigó)

Pouco mais de um mês à frente do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária), o superintendente Celso Cestari estabelece como prioridade o processo de gestão dentro do órgão e diz que o grande problema não foi nem tanto a crise que afastou o então superintendente Waldir Cipriano, em setembro do ano passado, e sim a intervenção política.

“Foi desastrosa e terminou com qualquer processo de gestão que fosse implantado”, disse ao Campo Grande News na tarde de hoje, durante assinatura do Termo de Cooperação entre o Incra e Agraer.

Celso Cestari assumiu a superintendência no começo de setembro deste ano em um período de crise, com o processo de reforma agrária paralisado no Estado, em razão de uma decisão judicial que afastou Waldir Cipriano do cargo.

“Estamos fazendo levantamentos e o que parecia astronômico não é o que estamos encontrando”, ressaltou.

Dentro do planejamento do órgão está o desenvolvimento de ações para aproximar o Incra dos assentamentos. “Vamos fazer levantamentos e o que tiver de problema vamos atrás de recurso federal para infraestrutura”, comentou.

Nos levantamentos, Cestari destaca que o Incra quer saber a causa de evasões de assentados. “Qual é a causa? Não é de vender. Às vezes a família passa quatro, cinco anos sem ter recebido o crédito de instalação”, coloca.

Ainda de acordo com o superintendente, o Incra começou nesta segunda-feira uma nova metodologia em um projeto em São Gabriel do Oeste, cidade 140 quilômetros distante da Capital.

“É um projeto piloto que envolve todas as ações do Incra. Serão levantadas ocupações, quantas famílias, a necessidade de infraestrutura. Inclui também assistência técnica de cada setor do Incra”, completa.

Cestari coloca ainda que a segunda fase do projeto vai envolver também a reorganização social do assentamento, que inclui participação da Agraer, Incra e Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo.

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