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Cidades

Testemunha diz que 5 participaram de execução no Canguru

Redação | 14/03/2009 09:45

No Jardim Canguru, horas após o assassinato do adolescente Miguel Alves Padilha Petrovich, de 17 anos, com um tiro na cabeça, os moradores não admitem conhecer a vítima e deixam claro seu receio de falar sobre o assunto, por medo de retaliação das gangues que "mandam" na área.

Apenas uma testemunha do crime aceita falar, sem identificação, e afirma que cinco adolescentes estão envolvidos na morte do garoto.

O homem, cujo nome será preservado por medida de segurança, mora na região e conta que um pouco antes do crime, a vítima e um grupo de jovens discutiram em uma conveniência próxima do local. A história é muito parecida com outros relatos da ação de gangues, que já integram a rotina em muitos pontos da periferia de Campo Grande.

No caso de Miguel, ele e os rivais teriam, inclusive, trocado tiros por pertencer a gangues diferentes. No auge da briga, Miguel fugiu e buscou abrigo no quintal de uma residência na rua Caruru. Foi quando um grupo com cinco adolescentes chegou e 'finalizou' o trabalho, afirma o homem. O bang-bang, teria sido presenciado e também assustado a comunidade, cenas dignas de morros cariocas.

Rotina - Segundo a testemunha, crimes como esse são comuns na região do Canguru. Ele afirma que os responsáveis seriam 'jovens pistoleiros', adolescentes reunidos em gangues.

Segundo ele, a região também é alvo de fugitivos do regime semi-aberto, que costumam se abrigar no bairro. "Quem foge da Colônia Penal e da cadeia se esconde aqui, nessa área", diz o morador.

Relatos que comprovam a falta de segurança podem ser ouvidos facilmente pelas ruas do bairro, mas sempre por moradores que não querem se identificar.

"De vez em quando eles apagam um aí", relata o dono de um bar na região.

Outro morador da área afirma que até execuções como a de ontem são comuns pelo bairro. "Aqui morre gente todo dia, toda hora", exagera diante da violência estampada na porta de casa.

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