Trad quer manter controle e renovar direção de hospital
A Prefeitura de Campo Grande trabalha para manter a intervenção na Santa Casa, o maior hospital do Centro-Oeste com 835 leitos, e substituir dois nomes da junta interventora. No entanto, a decisão sobre a devolução para a Associação Beneficente, afastada desde o dia 14 de janeiro de 2005, depende do Poder Judiciário.
O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) avalia que o melhor caminho é a renovação da intervenção. Ele não determinou o tempo necessário de manutenção do poder público no comando do hospital, que tem uma divisa de aproximadamente R$ 69 milhões e sofre uma crise crônica.
Trad disse que o melhor é renovar alguns nomes da junta interventiva. Em fevereiro deste ano, a prefeitura indicou o ex-diretor executivo da Secretaria Municipal de Saúde, Salim Cheade, e do ex-reitor da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), Pedro Chaves, para substituírem, respectivamente, o presidente da junta, Rubens Trombini, e o administrador geral do hospital, Natalício de Almeida.
O juiz da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Dorival Moreira dos Santos, negou a substituição e determinou a devolução do comando do hospital. No entanto, o Ministério Público Estadual, junto com os ministérios públicos do Trabalho e Federal, recorreu contra o fim da intervenção.
A decisão caberá ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Além da prefeitura, o Governo do Estado também se manifestou pela continuidade da intervenção.
A prefeitura condiciona a manutenção da intervenção à realização de alguns investimentos, como a reforma do pronto socorro e a conclusão do hospital de trauma.
No dia 1º deste mês, o desembargador da 2ª Seção Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desembargador Joenildo de Souza Chaves, negou liminar para a reintegração imediata da Associação Beneficente ao comando da Santa Casa de Campo Grande. Com a decisão, o pedido será julgado pela turma.
