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Cidades

Uma em cada quatro brasileiras sofre com a violência

Redação | 16/07/2010 15:29

No Brasil, 24% das entrevistadas durante pesquisa da organização não governamental Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos disseram que, apesar das agressões que sofrem, não se separam porque não têm como se sustentar.

Uma em cada quatro brasileiras sofre com a violência doméstica. A cada 15 segundos, uma mulher é atacada no Brasil.

Em Campo Grande, 3 casos extremos ocorreram em um mês, as mortes da arquiteta Eliane Nogueira, de 39 anos, queimada; da estudante Thatyane Romeiro Rocha, de 16 anos, assassinada com tiro na cabeça, que tem como suspeito o namorado; e a cabelereira Jandira do Nascimento, de 46 anos, também morta pelo ex-marido. Outro caso de grande destaque foi o desaparecimento da modelo Elisa Samúdio, ex-amante do goleiro do Flamento, Bruno.

A conclusão sobre os efeitos da violência doméstica é intitulado Um Lugar no Mundo.

Segundo o estudo divulgado hoje , a "falta de acesso a uma moradia adequada, incluindo refúgios para mulheres que sofrem maus-tratos, impede que as vítimas possam escapar de seus agressores". Segundo o documento, "a dependência econômica aparece como a primeira causa mencionada pelas mulheres dos três países como o principal obstáculo para romper uma relação violenta".

No Brasil, 70% das vítimas de violência foram agredidas dentro de casa e, em 40% dos casos, houve lesões graves.

Das mulheres assassinadas no país, 70% sofreram agressões domésticas. A ONG informa ainda que esses problemas afetam, principalmente, as mulheres pobres que vivem em comunidades carentes.

A maior parte das vítimas não exerce atividades profissionais fora de casa. No Brasil, 27% das entrevistadas disseram que se dedicam ao lar. Na Argentina e na Colômbia, 25% das mulheres se declararam como donas de casa. Algumas delas afirmaram que não têm outras atividades profissionais por desejo dos maridos, companheiros e namorados.

O relatório, de 50 páginas, não especifica a quantidade de mulheres entrevistadas, mas informa ter conversado com dezenas de mulheres, vítimas de violência doméstica, nas cidades de Porto Alegre (Brasil), Buenos Aires (Argentina) e Bogotá (Colômbia).

"O direito à moradia adequada ultrapassa o direito de ter um teto sobre sua cabeça.

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