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Cidades

Vírus tipo 3 da dengue pode causar nova epidemia antes do chikungunya

Michel Faustino | 21/10/2014 08:51
Infectologista alerta para provável epidemia da dengue tipo 3. (Foto: Divulgação)
Infectologista alerta para provável epidemia da dengue tipo 3. (Foto: Divulgação)

Apesar da recente preocupação quanto a propagação do vírus da Febre Chikungunya, que é transmitido pelo Aedes Aegipty, mesmo mosquito da dengue, especialistas alertam para a incidência do vírus tipo três da doença já conhecida do sul-mato-grossense que pode causar uma nova epidemia, antes mesmo da doença “recém chegada” se espalhar pelo Estado.

De acordo com o médico infectologista, Rivaldo Venâncio da Cunha, nas duas grandes epidemias de dengue que atingiram o Estado nos últimos quatro anos, os infectados foram acometidos pelos tipos 1 e 2 da doença, por isso agora existe uma preocupação quanto ao tipo 3 , e até mesmo o tipo 4, que são as novas ameaças.

Segundo o infectologista, quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que uma mesma pessoa pode pegar dengue quatro vezes. E segundo ele, há um aumento na gravidade dos casos.

“Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue”, complementa.

Conforme Rivaldo, na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de quatro formas.

Já em relação a uma possível epidemia de chikungunya, Rivaldo diz que o vírus leva, ao menos, seis meses para se proliferar. O que descartaria uma epidemia “momentânea” da doença, porém que não significa que a nova doença não oferece risco de contaminação massiva.

“Quando um vírus novo entra em uma localidade, é preciso que tenha aos menos seis meses para se proliferar e contaminar toda uma população gerando uma epidemia. É pouco provável que se tenha uma epidemia de chikunguya nesse verão. Não têm mosquitos suficientes para gerar uma epidemia, mas isso não significa que no próximo ano não teremos um registro maior de casos”, disse.

O primeiro caso registrado da doença no Estado foi confirmado na semana passada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em Campo Grande.

Conforme o infectologista, é preciso que a população redobre os cuidados, tanto para combater novos casos de dengue, quanto para combater a chinkungunya.

“É preciso que a população fique atenta e mantenha os cuidados para prevenir que a doença se prolifere e gere um novo caos”, finalizou.

Prevenção - O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a dengue

Evite o acúmulo de água

Evite o acúmulo de água - O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas - O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.

A recomendação é de que população evite deixar recipientes suscetíveis a acumulo de água. (Foto: Marcelo Calazans)
A recomendação é de que população evite deixar recipientes suscetíveis a acumulo de água. (Foto: Marcelo Calazans)
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