Votação favorável na Câmara não muda greve do judiciário
Os deputados da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovaram reajuste de 56% para servidores do Poder Judiciário Federal, durante reunião ontem. A medida não anima a classe no Estado, que está paralisada desde 31 de maio.
O coordenador do Sindjufe-MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul), Ricardo Rocha, acredita que a votação na Comissão de Trabalho não é significativa. "Não muda em nada. Foi um passo bom, mas é uma vitória morna", comenta.
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição, Justiça e Cidadania. Só irá ao plenário em caso de recurso, por meio de um pedido formal dos deputados.
Caso aprovado, o benefício vai atingir em torno de 100 mil funcionários, incluindo aposentados e pensionistas, e resultará em aumento nos gastos públicos de R$ 6,4 bilhões. A medida acontece quatro meses antes da eleição.
O salário do analista judiciário (nível superior) pode chegar a R$ 16 mil, com as gratificações previstas no projeto.
A tabela também prevê aumento do salário básico do analista judiciário no fim de carreira de R$ 6.957 para R$ 10.883.
O salário inicial nesta carreira sobe de R$ 4.367 para R$ 6.855, sem as gratificações que correspondem a metade do vencimento básico.
Rocha diz que a paralisação segue mesmo assim. Que apenas se houvesse garantias de que o projeto fosse votado este ano, em regime de urgência, a paralisação poderia cessar.
Gandaia