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Em Pauta

A ciência explica a Síndrome da Ira ao Volante

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/05/2017 07:04
A ciência explica a Síndrome da Ira ao Volante

O que ocorre? Que poder exerce sobre você o volante, que o torna um ser hostil, agressivo e desprovido de piedade? Um poderoso demônio te domina e fala por tua boca, te fazendo pronunciar juramentos inenarráveis e gestos terríveis? A ciência encontrou a resposta. Um estudo da Universidade de Temple, na Filadélfia (EUA), conseguiu determinar os motivos de algumas pessoas, alguns cidadãos exemplares fora do carro, são mais propensos a sofrer ataque de ira quando ao volante.

Segundo os estudiosos, certos traços da personalidade são detonantes do que denominam "Síndrome da Ira ao Volante". São próprios das pessoas narcisistas e com tendência a competitividade no trabalho. Eles mais propensos a ser tornar seres quase irracionais quando enfrentam pequenas situações de estresse quando dirigem um automóvel.
Dirigir um carro é uma habilidade complexa, mas deixamos de perceber esse fator quando tornamos a direção automatizada. A partir daí, perdemos a noção da complexidade e passamos a considerar um ato simples e fácil. Não é. Dirigir um carro é um ato sumamente estressante e nos vermos contrariados por um fato inesperado pode ser interpretado como uma provocação, com a consequente ativação da ira.

A cólera ao volante é uma situação complexa em que a personalidade se combina com instabilidade emocional e a interpretação das outras pessoas como provocativas. Esse é um coquetel que quase sempre só se agita dentro de um carro.

O antídoto é uma correta gestão do estresse. Relaxar e controlar os pensamentos são essenciais, bem como o reconhecimento da irracionalidade nessas situações. Os antigos estudos falavam que a ira ao volante só ocorria entre homens com 18 e 35 anos. Os estudos de Temple afirmam que a síndrome da ira ao volante pode ocorrer em qualquer idade e com homens e mulheres.

A ciência explica a Síndrome da Ira ao Volante

Testando: um bilhão, dois bilhões...

Durante o encerramento da Brazil Conference, evento organizado pela Fundação Lemann, na Universidade de Harvard, quando todos esperavam por Gisele Bündchen, entrou no auditório Warren Buffett. Dono de uma das maiores fortunas do mundo - estimada em US$75 bilhões - o megainvestidor apareceu e a plateia com mais de 300 estudantes e personalidades, como Sergio Moro, o ministro Barroso e o jogador Kaká, aplaudiu com entusiasmo.

Houve um pequeno constrangimento quando Buffett não conseguiu ligar o microfone, mas o episódio foi imediatamente contornado por ele mesmo que arrancou gargalhadas ao dizer: "Testando: um bilhão, dois bilhões..."

"Eu descobri muito cedo o que queria fazer. Foi um acidente, mas tive sorte o suficiente para descobrir o que queria fazer", contou Buffett, que resolveu investir em ações ainda criança. "O que você precisa é desenvolver o talento que tem e encontrar o lugar onde esse talento será visto e produzir os melhores resultados para a sociedade". Buffett ressaltou aos estudantes que procura trabalhar com pessoas apaixonadas pelos negócios. "Você não pode apenas gostar do dinheiro. Você têm de gostar dos negócios", diferenciou. O megainvestidor contou que pode dizer em minutos se uma pessoa vai dar certo ou não na função e que busca aquelas que têm gosto pelo que fazem.

A ciência explica a Síndrome da Ira ao Volante

Violência na escola é retrato da educação

A violência na escola preocupa e atrapalha professores brasileiros. Pesquisa divulgada pela OCDE mostrou que somos campeões nesse malfadado ranking. Pelo menos dois em cada três professores brasileiros disseram ter problema com a violência em sala de aula. Entre os demais países pesquisados a média é de 31%.

Há um projeto tramitando no Congresso Nacional há 17 anos (PL 3688) que propõe a contratação de psicólogos e assistentes sociais para oferecer atendimento aos alunos e apoio aos professores no ambiente escolar violento. Todos elogiam o projeto, mas os sindicatos de professores alertam para os "perigos" de sua implantação no aspecto financeiro. Querem que os psicólogos e assistentes sociais só possam ser contratados pelas Secretarias de Saúde e não pelas Secretarias de Educação. Argumentam que esses profissionais concorrerão com os professores nos gastos da educação. Como sempre, o corporativismo é determinante, trava até a melhoria de um problema que os próprios professores julgam importantíssimo.

A experiência do Canadá poderia resolver o impasse. Equipes multidisciplinares - psicólogos, assistentes sociais e peritos em segurança - não são fixadas nas escolas, mas agem no sistema educacional como um todos, atendendo a várias escolas. É preciso entender que psicólogos e assistentes sociais não resolverão todos os problemas, mão entendem melhor os problemas da violência escolar e complementariam o trabalho dos professores. Há muito eles reclamam que não dão conta de solucionar os inúmeros casos e, por vezes, são eles que sofrem os efeitos da violência. Esse é um dos mais preocupantes retratos de nossa educação. Esse é o retrato da sociedade.

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