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Em Pauta

As conspirações e torturas que a história esconde

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/05/2018 09:34
As conspirações e torturas que a história esconde

Existiram tantas conspirações reais quanto imaginárias. Uma das mais extravagantes aconteceu no Brasil. Esta é uma pequena seleção das conspirações e torturas que saltaram da teoria para a prática.

D. Pedro I no filme "Bastardo Inglórios".

Em novembro de 1823, D.Pedro I perdeu a paciência com a Assembleia Constituinte. Resolveu fazer na marra sua própria Constituição. Aprovou sozinho o texto e, na noite do mesmo dia, foi ao Teatro Real de São João.
D. Pedro I não sabia que políticos liberais e republicanos urdiam uma conspiração contra sua vida. A ordem era não deixá-lo sair com vida do teatro. O plano era o mesmo que apareceu no filme "Bastardos Inglórios": tocar fogo nas poltronas e aproveitar o caos decorrente do incêndio para atirar no imperador.
A primeira parte deu certo. Atearam fogo no recinto e o caos se instalou. Mas os seguranças do imperador foram competentes. Ele e sua família foram rapidamente retirados do teatro e nenhum deles ficou ferido.
Essa atentado foi guardado a sete chaves pelo governo imperial. Só foi aparecer oito anos depois quando D.Pedro I tinha retornado a Portugal. A ordem de Pedro também é motivo de suspeitas: não deviam procurar os culpados.

As conspirações e torturas que a história esconde

A tentativa de impor o nazismo nos Estados Unidos.

Sabem qual sob qual base popular que Hitler e Mussolini assentaram suas ideias e chegaram ao poder? Ex-soldados. Essa era a ideia de um conhecidíssimo grupo de sobrenomes, a elite dos EUA, para chegar ao poder sem ter votos.
Pois é, até agora você acreditou que dar golpes e conspirar era coisa de sul-americano subdesenvolvido. Surpreenda-se e comece a prestar atenção quando for ao supermercado ou às compras de carros e pneus.
Em 1933, um grupo de empresários dos EUA, incluindo os presidentes da GM (automóveis), da Goodyear (pneus), do Chase Bank (banco), da Du Pont (cosméticos), da Heinz (molho de tomate) e da Standard Oil (petróleo), começaram a se reunir para conspirar contra o presidente Franklin Roosevelt. O plano era derrubar o mandatário e transformar os Estados Unidos em uma ditadura de orientação nazista. O grupo se autodenominava "American Liberty League". Seu líder era o senador Prescott Bush, pai de George H. Bush e avô de George W. Bush. O plano foi denunciado e os conspiradores não conseguiram alcançar o intento. Os EUA continuaram sendo uma democracia porque o general Smedley Butler, convidado para arregimentar um exército de 500 mil veteranos a fim de atacar a Casa Branca, não só se recusou a participar como ameaçou denunciar o grupo. Desistiram.

As conspirações e torturas que a história esconde
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As conspirações e torturas que a história esconde
As conspirações e torturas que a história esconde
As conspirações e torturas que a história esconde

PO BOX 1142 (Caixa Postal 1142), a instalação secreta para investigar nazistas.

A PO Box 1142 funcionou durante a Segunda Guerra Mundial. A ideia era retirar informações de prisioneiros de guerra, Os prisioneiros notáveis alojados nesse campo incluíam o cientista de foguetes Wernher Von Braun, o chefe nazista dos espiões Reinhard Gehlen e Heinz Schlicke, inventor da detecção por infravermelho. Todos entregaram o que sabiam. Há muita dúvida, mas a maioria dos historiadores são unânimes em afirmar que não houve tortura física, mas psicológica em grande intensidade. Colocavam homens com fardas de soldados soviéticos ou ingleses à frente dos nazistas e diziam que seriam entregues à URSS ou à Inglaterra, países que desejavam matá-los. Esse campo foi acusado de violar a Convenção de Genebra porque a Cruz Vermelha não foi notificada da transferência dos prisioneiros que de um dia para o outro "desapareceram".

As conspirações e torturas que a história esconde

Campus Tracy, onde o japonês era bem tratado.

Na Califórnia, próximo a São Francisco, existia um resort de luxo. Para esse lugar suntuoso foram levados os raros sobreviventes japoneses da guerra que foram aprisionados. Havia uma ordem do comandante das forças imperiais japonesas de nenhum soldado se render, tinham de lutar até a morte. Esse deve ser o único centro de prisioneiros de luxo da história.
Parecia uma ideia absurda: ao invés de torturar, oferecer tratamento digno de um rei. Após a sangrenta batalha de Iwo Jima, os primeiros prisioneiros japoneses chegaram ao Campus Tracy. Assustaram-se com o lugar suntuoso e as refeições deliciosas que lhes ofereciam. Eles viviam no limbo, não podiam retornar ao Japão pois enfrentariam o pelotão de fuzilamento, nem desejavam viver nos EUA.
Eram levados a inquisições sempre em dupla, assim como viviam em seus quartos. Os norte americanos queriam saber o que conversavam e colocavam microfones embutidos em todos os lugares. Com essa tática inusual, conseguiram uma enormidade de informações.

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Campus King, a preparação para a Guerra Fria.

Assim que conquistaram Frankfurt, as forças armadas norte americanas criaram em suas proximidades um centro de interrogações. Muitos oficiais nazistas foram assassinados nesse campo. Eles só recebiam oficiais alemães que conheciam a União Soviética. Até hoje pouco se sabe sobre o Campus King. Só foi fechado em 1968.

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