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Em Pauta

Caixa para celulares

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/06/2016 08:17
Caixa para celulares

A moda (ou medo) começou em Brasília. No Congresso, os visitantes deixam os celulares em uma caixa na porta do gabinete do parlamentar antes da conversa. Avançou para os ministérios e, hoje, chegou ao Palácio do Planalto. Algumas residências de políticos já aderiram a essa moda. Os primeiros passos ainda estão sendo dados em Campo Grande. Um vereador aqui, outro deputado acolá, seguido por um secretário. Todos irmanados na mesma convicção, celular virou arma de matar político.

Caixa para celulares

O leilão das cuecas de Göring e meias de Adolf Hitler em Munique.

Até o momento nenhum político brasileiro inscreveu-se para participar do leilão de peças de vestuário de alguns dos maiores líderes do nazismo. Algumas peças cairiam bem em um famoso líder direitista nacional. As cuecas de Göring são de seda e tem suas iniciais - H.G.- bordadas na cor azul. O lance mínimo será de 500 euros. Também será oferecido um pijama desse marechal do ar, o segundo na hierarquia nazista, um par de sapatos e uma pequena caixinha que continha as cápsulas de cianureto que o levaram à morte, uma rara relíquia macabra que está sendo oferecida por, no mínimo, 25 mil euros.

O leilão também oferecerá escritos de Heirinch Himmler - o fanático chefe das tropas assassinas SS -, vestidos de Eva Braun e um pedaço da corda que foi utilizada para enforcar os chefes nazistas condenados à morte em Nuremberg. Foram enforcados 14 chefes nazistas considerados culpados de crimes de guerra e contra a humanidade. Mas a peça mais valiosa será uma túnica militar usada por Adolf Hitler e um par de meias. O evento, que ocorrerá no dia 18, será fechado e só participarão pessoas previamente inscritas.

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Estupradores deveriam acordar em um corpo feminino.

Quando não há saída, a loucura é uma porta aberta. Todos os homens brasileiros que acreditam que o corpo da mulher não é dela, é deles, deveriam, um dia, acordar em um corpo feminino. Permaneceriam quem são, mas com outro corpo. Teriam de lidar, de uma hora para outra, com as convenções e preconceitos que até hoje se praticam no país.
Seria bom para entenderem o que é sair na rua e ser assediada. O que é sair na rua e temer o estupro. O que é ser constantemente violentada, de tantas e tantas formas, em casa ou na rua.

Talvez seja pedir muito. Mas se os homens fizerem o exercício de se imaginar mulheres, apenas sendo estuprado ou surrado, já será um bom começo. Permanecerem eles mesmos, com seus pensamentos e suas certezas, mas no corpo de uma mulher. Só assim os estupradores e agressivos poderão estabelecer um diálogo franco sobre assédio, violência domestica e estupro em pleno século XXI.

Caixa para celulares

O estupro nosso de cada dia.

Estupro. Esse é um tema candente da atualidade. Ninguém no mundo sabe como resolver. Estamos há dez mil anos do primeiro dia em que uma mulher foi estuprada por um homem pela primeira vez, agimos como se vivêssemos naquele dia. Continuamos com o mesmo comportamento de trogloditas. A notícia mais horrível é a de que não existe uma sociedade, um país onde possamos procurar atitudes exemplares.

Até mesmo nos países da Escandinávia - Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega, considerados como os mais "civilizados" e respeitosos, as taxas de estupros causam estupor. As medidas governamentais visando proteger as mulheres avolumam-se em muitas sociedades, mas os estupros continuam crescendo. Existem punições severas em muitas leis, ainda assim, os trogloditas do século XXI estão nas ruas e nas residências, agindo como se saíssem das cavernas.

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