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Em Pauta

Como transformar a memória de peixe em uma de elefante

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/05/2018 09:27
Como transformar a memória de peixe em uma de elefante

Conta Cícero, em sua obra dedicada à oratória, que o precursor da mnemotécnica, Simónides de Ceos, sobreviveu à queda de uma residência no qual se celebrava um banquete por ausentar-se brevemente antes do acidente. Simónides conseguiu identificar todos os corpos dos comensais falecidos ao recordar do lugar que ocupava cada um durante a festa. Se deu conta que associando cada pessoa a um espaço concreto conseguia recordar seus nomes.

Naquela época - 500 a.C. - não existiam móveis nem computadores. Além disso, eram poucos os que sabiam ler e escrever transformando a memória em um aliado valioso. Hoje, é provável que não conseguíssemos acertar o nome nem de uma só pessoa. Tornamo-nos preguiçosos devido à fábula de que a nossa memória se tornou uma inutilidade com o advento do Google. Esquecemos que uma das colunas onde se assenta a inteligência é a memória.

É impossível utilizarmos toda nossa capacidade cerebral sem acionar a memória. Há outro fato interessante - ninguém reconhece ter pouca inteligência, mas é comum encontrarmos alguém que diz ter pouca memória. Estamos deixando de aproveitar as capacidades de nosso cérebro. Se senta no sofá todos os dias, o corpo termina por se acostumar. O mesmo ocorre com a mente: se não acionar a mente, ela se acostumará. Os treinamentos são eficazes, inclusive para pessoas de idade avançada.

Como transformar a memória de peixe em uma de elefante

Os mandamentos da memória.

Qualquer um pode desenvolver uma memória de elefante. Mas é necessário muito esforço, muito treinamento. A primeira regra é treinar pelo menos uma hora por dia - a sugestão dada por "técnicos", os melhores do mundo em memorização, é decorar todas as palavras de uma livro que nos agrade. Também ensinam que o fruto da memorização não deve ser usado em todos os momentos do cotidiano e só em casos especiais. Usam uma imagem para essa regra: "Seria comoUsain Bolt ir comprar pão todos os dias correndo". Estes são os quatro pilares básicos onde se assentam as técnicas de memorização:

1. Absurdo. O aborrecido e monótono têm poucas possibilidades de chamar a atenção, facilmente é esquecido. Crie cenas extravagantes, absurdas, sem lógica.

2. Substituição. É importante substituir tudo que seja difícil de visualizar por algo fácil. Por exemplo, se é difícil memorizar a palavra "felicidade", memorize um confete gigantesco.


3. Movimento. Imprimir movimento às cenas para conseguir imagens mais vivas e potentes fortalece a recordação.


4. Exagerar. Convêm exagerar as imagens a serem recordadas. São mais impactantes.

Como transformar a memória de peixe em uma de elefante

Truques para não esquecer de nenhum nome.

1.Exagerar características distintivas de uma pessoa, como se tratasse de uma caricatura.

2.Há nomes que não conseguimos visualizar, busque em sua mente pessoas que sempre recorda com nomes iguais ou transforme o nome. Por exemplo: se tem dificuldade de memorizar o nome "Rafa" (de Rafael), lembre-se de "garrafa".


3.Se o nome é igual de algum famoso, será de grande ajuda.


4.O palácio da memória dos romanos. A técnica de memorização dos romanos consistia em criar um itinerário de lugares que eram familiares onde colocavam nomes ou partes de um discurso. Em regra, o percurso utilizado por eles era seus próprios domicílios. Primeiro percorriam mentalmente a residência para selecionar os lugares onde colocariam alguma memória. É importante visualizá-los claramente e percorre-los sempre na mesma ordem. Troquem apenas o que desejarem memorizar.


Imaginemos que temos de memorizar esta lista de tarefas: enviar um e-mail a Maria, comprar meias, comprar salmão, exercitar em uma bicicleta e devolver um livro à biblioteca. É provável que se não usarmos nenhuma técnica de memorização, algum item da lista será esquecido. A aplicação da técnica funcionaria assim:

- Escrever a Maria - entro em minha casa e da porta visualizo um computador com uma tela enorme e ao lado há biscoitos Maria.

- Comprar meias - entro no quarto de minha irmã e sobre a cama há um gigantesco par de meias.


- Comprar salmão - entro na cozinha e vejo um padre dando um sermão (substitui salmão).


- Exercitar em uma bicicleta - entro em um banheiro e na banheira há uma bicicleta.


- Devolver um livro à biblioteca - Entro em meu quarto e vejo na parede algum trecho do livro em movimento, como se fosse um pequeno filme.

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