Como vencer uma eleição na marra: a lição de Washington
Nem grega, romana, libanesa ou mesopotâmica, a democracia brasileira é cópia da norte-americana, para o bem ou para o mal, com suas virtudes ou picaretagens, seja com o uso e abuso das bebidas alcoólicas ou com a “denúncia” do roubo de voto nas urnas. A nossa é uma longa história de ausência de originalidade. Começa com o famoso George Washington, um dos pais fundadores dos Estados Unidos. Em verdade, é uma história da relação das bebidas alcoólicas com a democracia. Tal como nos EUA, o voto brasileiro sempre teve fortes laços com as bebidas alcoólicas. Trocamos cachaça por voto.
50 mil litros de uísque por ano.
Em 1.797, a maior destilaria nos Estados Unidos produzia 50 mil litros de uísque anualmente. Seu proprietário foi o maior destilador dos primórdios daquele país, um homem chamado George Washigton. A história de sua vida é “extraordinária”, um derrotado que virou herói. Antes de se tornar magnata do uísque, ele chegou a ter uma carreira política e militar.
Só ganhou distribuindo álcool.
Na politica, Washington se candidatou a um cargo e perdeu em um colégio eleitoral diminuto, com tão somente 600 eleitores. Então se candidatou novamente e distribuiu bebida grátis aos eleitores. Dessa vez, ganhou. Estas foram suas despesas no dia da eleição de 1.758: 60 litros de vinho, 60 litros de cerveja fraca, 135 litros de cerveja forte, 240 litros de ponche, vários tonéis de rum, 10 tigelas de ponche, 3 quartilhos ( algo como 1,5 litro) de brandy, 8 quartilhos de cidra, 9 quartilhos de rum e, é claro, vários tonéis de uísque.
Dobrou a ração de rum e ganhou a guerra.
Washington, sem dúvida, descobriu a força das bebidas alcoólicas para mudar sua vida de derrotado. Sua carreira militar foi montada em barris de rum e de uísque. Foi ele quem teve a ideia de dobrar a ração de rum de seus homens para vencer uma guerra que se encaminhava para a derrota. Assim surgiu um estranho fenômeno chamado Estados Unidos da América. Depois disso, Washington lutou em uma breve guerra por causa da taxação de uísque.
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