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Em Pauta

Dia da saúde mental: a esperança impede o suicídio

Mário Sérgio Lorenzetto | 13/10/2018 07:30
Dia da saúde mental: a esperança impede o suicídio

Uma jovem de 17 anos com a palavra "Hope" (esperança) tatuada em sua munheca riscada com cicatrizes de cortes, com tentativas de suicídio. "Tem que ser forte, sempre se pode encontrar algo positivo em que agarrar-se, alguém que escute, que tenha passado por uma situação parecida, serve até um cachorrinho para amar, ou escutar uma música que atinja tua alma", enumera aquilo que a ajudou. "É um processo lento, não é de um dia para o outro, a terapia e a mudança de escola foi muito bom", diz, com decisão. Em um país com 30 suicídios por dia, que vem aumentando 12% ao ano e ocupando a oitava posição com mais suicídios no mundo, chama a atenção o o ato de tirar a vida entre os jovens. Essa é a segunda causa de morte em pessoas de 15 a 29 anos, e sua mortalidade total no mundo é superior a causada por guerras e homicídios. São 800.000 jovens que tiram a vida a cada anos, segundo a OMS. Suicídio e adolescência formam uma combinação complexa. Essas mortes a sociedade tende a ocultar. É um tema tabu. Envergonha, estigmatiza e culpabiliza. Por outro lado, os governos brasileiros de toda ordem estão completamente ausentes no combate ao suicídio.
"Olho minha tatuagem e assim me recordo que sempre haverá esperança para seguir", diz a jovem agora risonha. Também conta que "quando estava deprimida me sentia fraca, não dormia bem, e não conseguia segurar minhas emoções, conta depois de tudo que passou.

Dia da saúde mental: a esperança impede o suicídio

O que diz a ciência para impedir o suicídio?

A primeira visão que é dada na terapia é mostrar que essa é uma decisão irrevogável e permanente para algo que é temporal, passageiro. O que detonou a tentativa da jovem tatuada com a palavra "Hope" foi o bullying escolar. "Os colegas mais populares te julgam, querem te destroçar, te fazem sentir insegura. Eu não podia respirar, só chorava. Podia estar totalmente rodeada por pessoas, mas me sentia completamente sozinha", recorda a estudante. Ela também afirma que sem poder falar com os pais, sentiu conexão com uma professora, que mais a ajudou. "Às vezes, pequenas coisas significam muitíssimo. Cada manhã recebia uma mensagem da professora e isso me servia, me fazia seguir em frente". Os pais finalmente entenderam o que acontecia e resolveram levá-la a um terapeuta e a mudar de escola.
Desde um ponto de vista neurobiológico, o ritmo de crescimento afeta a capacidade de juízo dos jovens. O adolescente pode subestimar os comportamentos suicidas e pensar que não morrerão... e morrem. Também apresentam comportamentos impulsivos, ou tendem a pensar de forma catastrófica. É durante a adolescência que se completam as zonas do cérebro que permitem planejar e raciocinar de forma lógica. A gestão das emoções está desregulada. Por tudo isso, é fundamental e decisivo falar com eles e levá-los a sério. É muito importante que os pais e familiares sejam capazes de detectar os sintomas de depressão para tratá-la de forma adequada a tempo. "Se tivesse suicidado, meus colegas cruéis teriam vencido", finaliza a jovem.

Dia da saúde mental: a esperança impede o suicídio

Escutem isto... e surtem.

Se ainda não chegou, é possível que, nas próximas horas, algum amigo mande pelo WhatsApp. É um áudio acompanhado de um comentário tipo: "Escutem isto... e surtem". É uma sensação completamente desconhecida. A canção é o novo tema de A.R.Rahman, um compositor e diretor musical hindú, que utilizou a tecnologia 8D para criar uma atmosfera musical dentro de nossas cabeças. A experiência é similar a de estar em um concerto ao vivo, onde a melodia brota de todos os pontos do espaço.
Não sabemos se é relaxante tanto como "Weightless", de Marconi Union. Tampouco se os fará felizes como "The Happy Song", de Imgen Heap. O que fica claro é que essa tecnologia chegou para ficar. Talvez o passo seguinte seja apagar a luz e fechar os olhos, porque a música é ainda mais totalizante na obscuridade.

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