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Em Pauta

Dia de Ação de Graças – quando brancos e índios deram as mãos

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/11/2013 07:25
Dia de Ação de Graças – quando brancos e índios deram as mãos

Brancos e índios, dia de Ação de Graças e Joaquim Nabuco

Joaquim Nabuco é uma das principais figuras políticas da história nacional, ainda que, infelizmente, não ocupe um papel mais destacado em nossa narrativa histórica. É um dos patronos da diplomacia no Brasil, tendo sido embaixador nos Estados Unidos. E, apesar de ter nascido em uma família escravocrata foi um dos principais defensores do abolicionismo. Também é responsável, junto com Rui Barbosa, pela defesa da transformação do Estado brasileiro em laico. Ou seja, defendeu a liberdade religiosa como um importante direito em tempos que não era fácil assumir esta posição. Já não fosse o suficiente, é um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Um currículo tão extenso é, de fato, para poucos.

Influenciado pelo tempo que passou nos EUA, propôs transformar o “Thanksgiving” – Dia de Ação de Graças em evento universal. Defendeu em 1909 que toda a humanidade se unisse para agradecer a Deus. No Brasil, o Dia Nacional da Ação de Graças está previsto na Lei n. 5.110/1966 e é de incumbência do Ministério da Justiça. Sim, no Brasil comemoramos também o dia de Ação de Graças, mas ele não foi incorporado em nossa cultura da mesma forma. A ideia humanista de Joaquim Nabuco é bem interessante e é derivada da origem e do simbolismo que a data envolve.

Dia de Ação de Graças – quando brancos e índios deram as mãos

Dia de lembrar as graças concedidas após muitas lutas

O dia de Ação de Graças foi criado como uma forma de agradecer a Deus pelas bendições e pela colheita do ano anterior. Por isso é celebrado no fim do ano. Sua origem data de 1620, quando o navio Mayflower saiu da Inglaterra com 102 passageiros e, após 66 dias, chegou no “novo mundo”. Após um mês, estabeleceram uma vila em Plymouth. Apenas a metade dos passageiros do navio sobreviveu ao primeiro ano em terra. Em março, os últimos sobreviventes receberam a visita de um indígena Abenaki, que falava inglês. Depois de alguns dias, eles receberam a visita de outro indígena da tribo Pawtuxet chamado Squanto.

Squanto tinha sido raptado por um capitão inglês e vendido como escravo, porém conseguiu escapar para Londres e retornar para a América em uma expedição de exploração. Foi Squanto quem ensinou aos peregrinos – enfraquecidos pela desnutrição – como cultivar milho, extrair a seiva da árvore de bordo (maple), pescar e evitar plantas venenosas. Também ajudou os colonos a formarem uma aliança com a tribo Wampanoag, que durou por mais de 50 anos. Esse é um dos poucos casos da história dos EUA de harmonia entre colonos e nativos americanos. Após a primeira colheita dos europeus, em novembro de 1821, foi organizado um banquete que contou com a presença dos indígenas. Este é tratado como o primeiro dia de Ação de Graças dos Estados Unidos.

Dia de Ação de Graças – quando brancos e índios deram as mãos

União entre índios e fazendeiros: história prova que é possível

O banquete durou por três dias e a maior parte das comidas foi preparada usando receitas e temperos dos indígenas, provavelmente sem o peru, que se tornou o símbolo da data. O dia também é caracterizado por ações voluntárias como a doação de comida para os mais pobres.

Poucos dias nos separam do “conflito final”, entre fazendeiros e indígenas, prometido por alguns pecuaristas. Talvez apenas uma forma de pressionar o inamovível Ministério da Justiça, talvez tenhamos mortes. Não sabemos, nem eles, os diretamente envolvidos, sabem.

A proposta do Joaquim Nabuco poderia derrotar a violência e reunir, índios e fazendeiros, em três dias de festas, inclusive com as 500 vacas dos pecuaristas, de celebração pela paz.

Dia de Ação de Graças – quando brancos e índios deram as mãos
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Existe postura ética nas empresas brasileiras?

Aprovada este ano, a Lei 12.846/2010, conhecida como Lei Anticorrupção, deve ajudar a fortalecer o debate sobre postura ética nas empresas. Ela entra em vigor em fevereiro de 2014. Mudanças nesse sentido vêm sendo observadas há algum tempo. A origem desse processo de busca por mais transparência no mercado internacional se deu há mais de uma década, impulsionada pelos escândalos corporativos que marcaram o fim do século XX e início do XXI, como o emblemático caso da Enron, gigante norte americana de energia.

No meio empresarial brasileiro, uma pesquisa realizada pelo Ibope, com apoio do Senai, realizada com 25 presidentes ou diretores de grandes empresas selecionadas, indicou que os primeiros passos foram dados. Apesar de ser recente em muitos casos, a implantação de políticas de conduta ética nesse universo de companhias é considerada irreversível pela maioria dos consultados.

Discussão sobre ética entre empresas brasileiras demorou, mas chega com força

Cerca de metade das empresas consultadas adota processos formais há pouco tempo, entre três e seis anos. Nas demais, a maior parte das respostas aponta para um período entre 12 e 20 anos. Poucas os adotam há mais tempo, entre 30 e 45 anos.

Os temas mais comuns tratados nos códigos empresariais são corrupção ativa e passiva, incluindo convites, brindes e presentes, regras de convivência, assédio, direitos do trabalhador, proteção de ativos da empresa, comunicação institucional e representação. Essa pesquisa permite concluir que, embora relativamente atrasada, a discussão ética nas empresas brasileiras chegou com força.

Em outra pesquisa, realizada pelo Senac, com apoio do Sebrae, com 989 micros e pequenas empresas, a força tão não é tão expressiva e contundente, ainda que a preocupação ética esteja presente.

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Quinoa – vedete de dietas é esperança para redução da fome em países pobres

A quinoa está entre as estrelas das dietas para impulsionar a perda de peso. O que poucos sabem, é que o grão está no centro da sobrevivência de países muito pobres. Por este motivo, a FAO (Organização das Nações Unidas Para Agricultura e Alimentação) declarou 2013 o "Ano Internacional da Quinoa". Tudo bem estarmos no fim do ano, mas não é demais saber. O objetivo da homenagem é reconhecer aos povos andinos o importante papel na preservação do grão, que alimenta as gerações atuais e futuras por meio da prática de conhecimentos tradicionais e de harmonia com a natureza. A proposta foi apresentada pelo governo da Bolívia, e recebeu apoio da Argentina, Azerbaijão, Equador, Georgia, Honduras, Nicarágua, Paraguai, Peru e Uruguai. O respaldo da FAO veio dois anos antes, durante assembleia das Nações Unidas em dezembro de 2011. No evento, foram reconhecidas as excepcionais qualidades nutricionais da quinoa, a adaptabilidade a diferentes solos agroecológicos e a contribuição potencial na luta contra a fome e a desnutrição. O alimento, segundo a FAO, também tem importante papel no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – traçados pelas Nações Unidas – e na redução da pobreza e fome.

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Microempresários alemães apostam em negócios híbridos

Já pensou entrar em um centro de formação de condutores e, lá dentro, encontrar uma extensa e bem diversificada carta de vinhos à venda? A versatilidade existe e está fazendo a cabeça dos alemães. Em Berlim, as lojas híbridas representam a melhor maneira de fugir dos elevados preços dos aluguéis e atrair públicos distintos. Entre os exemplos está a Enten und Katzen, que une os sonhos de um mecânico Andreas Wittwer e do irmão Matthias. Fica a cargo deste último a comercialização dos vinhos, mas nunca aos alunos da autoescola do irmão, que também não vende o curso de motorista aos apreciadores da bebida.

A combinação vai bem desde 2002 e contou com licença especial expedida pela prefeitura de Berlim. A diferenciação da clientela estava entre as condicionantes para a permissão ao negócio.

A prefeitura também conferiu licença para outra loja híbrida, a Wowsville, que combina discos de rockabilly, surf music, punk rock com um bar especializado em vinhos. A mistura começou em 2010 e vai muito bem, garante o proprietário, um espanhol quarentão que se mudou de Nova York para Berlim em 2006. Os exemplos, contudo, não param por aí: há oficinas mecânicas misturadas a locadoras e casas de apostas; restaurantes e lojas de produtos orgânicos e, para não deixar dúvida da versatilidade, um salão de beleza onde também podem ser comprados móveis. E Campo Grande, estaria preparada para tamanha inovação?

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O uso de celulares nos aviões está para ser liberado

A FCC (Federal Communications Comission) está estudando a possibilidade de acabar com a proibição do uso de telefones celulares em aviões no mundo todo. A FCC alega que é hora de “rever nossas regras restritivas e ultrapassadas”.

A previsão de que ocorra a venda de poltronas silenciosas, isto é, regiões dos aviões onde continuaria a proibição do uso de celulares também integram os estudos de muitas companhias aéreas que consideram como certo o término das proibições.

A maioria das companhias aéreas do Oriente Médio e algumas da Ásia já permitem o uso de celulares em seus aviões. Geralmente, eles se conectam a satélites e então o sinal é retransmitido por meio da cabine.

A permissão de ligações telefônicas a bordo não é tanto uma questão de segurança, e sim sobre o que é socialmente aceitável. Para muitos passageiros, a queda da proibição, significaria o fim de um dos últimos santuários em um mundo hiperconectado.

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