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Em Pauta

Escolhas difíceis para o Tribunal de Contas

Mário Sérgio Loenzetto | 02/11/2017 08:15
Escolhas difíceis para o Tribunal de Contas

Está na fase burocrática a aposentadoria de dois atuais Conselheiros do Tribunal de Contas. Marisa Serrano e José Ricardo, possivelmente, deixarão o poder ainda este ano. A substituição deles faz parte de um jogo de xadrez para profissionais. Quem mexer uma pedra errada, levará xeque-mate. Não são apenas dois concorrentes para as duas vagas. Há, no mínimo, cinco postulantes a essas vagas: Márcio Monteiro, Flávio Kayat, Júnior Mocchi e Antônio Carlos Arroyo são os que trabalham e "costuram", no linguajar dos políticos, às claras. Disfarçam, mas não escondem a vontade de vestir a beca da melhor aposentadoria que existe no MS. Mas vem de Brasília outra aspirante de peso, contando com o apoio de irmãos tradicionais do meio político. Façam as contas e suas apostas. Vocês estão atrasados, o jogo já começou. Nem mesmo Márcio Monteiro, o melhor posicionado, está com a vaga garantida. Seu substituto - Secretário Adjunto Guaraci Fontana - é fiscal de rendas e vem enfrentando forte oposição dos auditores. Não há alternativa para o nome de Guaraci, é possibilidade única até o momento. Escolha difícil para o Governador Azambuja. Não há premio de consolação para os que ficarem de fora.

Escolhas difíceis para o Tribunal de Contas

Onde Felipão vira Dilma. E Temer é Tite.

A notícia parecia piada. Mas não era. O governo prepara propaganda nas redes sociais em que compara Tite a Michel Temer e Dilma Roussef será comparada a Felipão. O mote será a terrível derrota de 7 a 1 da seleção do Luis Felipe Scolari. O sete, talvez o numero mais místico da Antiguidade, será transformado nas 7 mil obras paradas que Temer herdou de Dilma.
Felipão e Dilma, tem, de fato, em comum o Rio Grande do Sul, onde ele nasceu e ela fez carreira. Há em comum, também, alguns traços de personalidade - são autoritários, perdem as estribeiras com facilidade, nunca ouviram falar que chegamos ao século XXI - ultrapassados - e responsáveis por aventuras que nos conduziram a duas derrotas acachapantes: ele no futebol, ela na economia e democracia.
Agora, juntar Tite e Temer na mesma campanha é o mesmo que dizer que sou o Millôr, um dos maiores jornalistas de nossa história. Só há a inicial dos nomes em comum. Mas, afinal, é uma piada?

Escolhas difíceis para o Tribunal de Contas

Quanto custaram ao Brasil as denúncias contra Temer.

Mais que o Bolsa Família. O programa de distribuição de riqueza vale, aproximadamente, R$26 bilhões de reais. O resgate de Temer, segundo o "Estadão", foi de R$32 bilhões. Além da antecipação das emendas dos parlamentares para suas bases eleitorais - melhor forma de distribuir dinheiro para reeleger parlamentar - houve, acima de tudo, amabilidades indiretas. Descontos em multas do Ibama, com quem boa parte dos parlamentares e de seus mais diletos representados costumam ter problemas, no valor de R$2,7 bilhões. Renegociações de dívidas de empresários ao fisco - valor de R$6,4 bilhões. Deixou de ganhar R$6 bilhões na privatização do aeroporto de Congonhas para atender outra parcela de congressistas. Parcelamento de dívidas laborais de fazendeiros com perdão de R$17 bilhões, também a pedido de parlamentares. Mas há algo de estranho nessa festa de Halloween, os parlamentares do MS que mais receberam emendas, foram os do PT.
Elevado custo financeiro. E custo social. E custo político. Mas o maior custo foi o jurídico. O brasileiro pagou para ter um governo que não quer. Para não trocar por outro possível, ainda menos desejável.

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