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Em Pauta

Esses rapazes latino-americanos

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/05/2017 07:05
Esses rapazes latino-americanos

O mais literato dos cantores brasileiros se foi pela segunda e última vez. Belchior já havia desaparecido pelas bandas do Uruguai, desta vez se foi para sempre. Não foi um cantor a mais. Lia com avidez Dante, Baudelaire, Camus e Drummond. Foi o porta-voz, o Beatle não-reconhecido, de toda uma geração. Soube cantar as nossas dores. Compôs o hino internacional daqueles rapazes latino-americanos sem dinheiro no bolso, vindos do interior.

No primeiro punhal do amor traído, lá estava Belchior. Na partida, só o cearense se fazia presente. O gênio de Sobral foi um errante. Ou melhor, no meio de tantos medíocres disfarçados de gênios, quis fazer-se comum. Melhor que ninguém, soube despedir-se em um faixa de embate: "E eu fui embora sorrindo, sem ligar para nada... eu tenho a alma apaixonada... e que tudo mais vá para o céu".

Esses rapazes latino-americanos

Só nos restam as pequenas utopias

Esquerda ou direita? Qual dos "ismos" sobreviveu? Comunismo, socialismo, nazismo e fascismo? Todos são obsoletos, peças da malfadada história do mundo. Todas as certezas do passado voaram pelos ares ao mesmo tempo. Se é verdade que as grandes utopias não têm credibilidade alguma, ainda nos restam as pequenas utopias, as que nos ajudam a viver o cotidiano. Como a de compartilharmos o que for possível, senão tudo. A de poder morar em um bairro onde todos se conheçam e sejam solidários uns com os outros. O sonho do tempo livre e a busca pelo silêncio criativo. A pequena utopia da amizade real, ao invés da virtual. Ou aquela capaz de transformar nosso trabalho e nossos sonhos em fruição, em vez de pesadelo e escravidão. Nossos modelos políticos, éticos e morais precisam ser repensados. A tarefa mais urgente é reconstruir o coração da humanidade.

Esses rapazes latino-americanos

A utopia socialista da bomba. O terror do choque entre Coréia do Norte e EUA

A Coréia do Norte surgiu em 1948, em meio ao caos que se seguiu na região pela derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial. Desde 1905, o território que hoje está dividido em duas Coréias esteve sob o controle dos japoneses. Em seguida, os Estados Unidos e a extinta União Soviética acordaram que aquele território deveria ser ocupado pelos dois países vencedores da guerra.

Assim, os soviéticos passaram a dominar a parte norte da península e os norte-americanos ficaram com o sul. Durante dezenas de anos, até 1980, a Coréia do Norte era um país em franco desenvolvimento. Ao contrário da parte sul. Os nortistas contraíram uma enorme dívida para modernizar sua indústria e, logo a seguir, adveio o colapso da União Soviética e a morte de Mao Tsé-Tung. Esses fatores, levaram o norte a um empobrecimento crescente. Hoje, é um dos países mais pobres do mundo.

Em 1990, os Estados Unidos descobriram que a Coréia do Norte estava montando sua bomba atômica. Houve um momento em que o governo Bill Clinton considerou a possibilidade de atacar as instalações nucleares coreanas. Mas perceberam que os riscos eram grande demais.

Atualmente, o governo da Coréia do Norte não tem chance alguma de abandonar a corrida nuclear. Viram o que aconteceu com Sadam Hussein, no Iraque e com Muammar Kadafi, na Líbia. Não construíram suas bombas atômicas e perderam tudo.

É muito difícil ver uma solução. Pelo contrário, a corrida armamentista tende a crescer. As provocações e exibições de força tendem a aumentar. O relógio do extermínio da humanidade voltou a acelerar com dois presidentes perigosos buscando o enfrentamento. Socialismo? Uma utopia que tem uma bomba em seu cerne. Miséria humana: "o povo que se exploda".

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