Evitando as distrações do cotidiano
Lições dos monges e dos coachings
Imagina um lugar mais aprazível que um monastério? Pode haver um ambiente mais propício para a concentração? Sem 4G, sem 3G, sem 2G... só canto gregoriano e códices. Sem meios para a procrastinação.
E ainda assim, os monges medievais estavam sempre preocupados com as distrações, com a procrastinação. Pode parecer estranho, mas eles se queixavam de estar saturados de informações. É óbvio que não estavam sob o influxo do pandemonium da Internet. Mas se sentiam oprimidos ante as distrações da vida monacal.
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Truques da vida nos monastérios para acabar com as distrações
Hoje, tudo parece que foi determinação de Jesus Cristo. Mas a base para acabar com a procrastinação na vida dos monges foi dura. Não podiam se preocupar com a família, com a propriedade, com negócios... os dramas comuns do cotidiano foram abolidos. Mas não foi suficiente. Passaram a exercitar o autocontrole impondo limites a seus hábitos. Daí surge o celibato e a austeridade nas refeições. Nem assim conseguiram exterminar as distrações procrastinantes.
Construíram métodos para a concentração. O principal era pensar em uma árvore com muitos ramos. Cado ramo era uma tarefa a ser cumprida. Ou um anjo com finas asas e muitas plumas. Cada pluma, uma tarefa. Também criaram e levaram as regras mnemônicas a um nível elevadíssimo. Dessas técnicas já tratamos anteriormente. E havia os salmos. A repetição dos salmos permitia manter a mente bem amarrada.
A importância de combater a procrastinação no século XXI
Desde alguns anos, alguém popularizou o termo “procrastinar” para dar nome a esse costume de deixar para depois o que pode fazer agora. Esse é o termo mais ouvido nas reuniões que tratam de produtividade.
Alguns asseguram que atrasar uma tarefa pode ajudar na criatividade. Mas os especialidades dizem que não é nada disso. Pelo contrário: é uma das principais causas de ansiedade no trabalho. Por trás de alguém que procrastina frequentemente está, alem da preguiça e a diversão fora de hora, o medo do fracasso.
Como combater a procrastinação
Uma das mais famosas técnicas para combater a procrastinação é a regra dos dois minutos. É muito simples, beira o simplório. Se você pode fazer a próxima tarefa em dois, ou menos, minutos, faça já. Tire-a de cima de seus ombros. Temática para começar as realizar as tarefas... até pegar ritmo.
Há outra que é tão óbvia quanto a primeira: silencie todas as redes sociais. Todas. Há dispositivos como o “Saent” que silenciam tudo.
Faça as tarefas uma a uma
Diversão, aí vou eu de braços abertos! É muito fácil procrastinar enganando a torcida e o patrão. Basta se ocupar de muitas tarefas ao mesmo tempo. Soma total do dia: zero.
Os especialistas dizem que a sensação de controle é fundamental para não se sentir oprimido. É habitual que os procrastinadores tenham a sensação de não saber por onde começar. Por isso é importante dividir as tarefas grandes em pequenas. O mais útil é começar a fazer algo. E terminar, é claro.
A recompensa imediata
Os procrastinadores se caracterizam por desfrutar do prazer da recompensa imediata. É isso que os leva a “enrolar” até o último minuto. Para eles, o ideal é trabalhar sob muita pressão e que rendem mais quando o prazo está terminando. Por isso, é importante que se imponham datas limites. E improrrogáveis. Se não há uma data limite, tudo se dilui. E tudo vira uma abstração em nossa mente e correrá o risco de “deixar para mais tarde”.
Terminado é melhor que perfeito
Insistir em melhorar algo pode levar-te ao estancamento. Não sair do lugar ou ponto onde chegou. É mais recomendável que deixe várias tarefas em 80% que centrar-se, indefinidamente, em terminar uma chegando aos 100%. Tua percepção é muito diferente quando sente que tem três tarefas bem feitas do que quando sente que finalizou uma tarefa perfeita e duas sem começar.
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