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Em Pauta

Evitando as distrações do cotidiano

Lições dos monges e dos coachings

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/05/2019 07:30
Evitando as distrações do cotidiano

Imagina um lugar mais aprazível que um monastério? Pode haver um ambiente mais propício para a concentração? Sem 4G, sem 3G, sem 2G... só canto gregoriano e códices. Sem meios para a procrastinação.

E ainda assim, os monges medievais estavam sempre preocupados com as distrações, com a procrastinação. Pode parecer estranho, mas eles se queixavam de estar saturados de informações. É óbvio que não estavam sob o influxo do pandemonium da Internet. Mas se sentiam oprimidos ante as distrações da vida monacal.

Evitando as distrações do cotidiano

Truques da vida nos monastérios para acabar com as distrações

Hoje, tudo parece que foi determinação de Jesus Cristo. Mas a base para acabar com a procrastinação na vida dos monges foi dura. Não podiam se preocupar com a família, com a propriedade, com negócios... os dramas comuns do cotidiano foram abolidos. Mas não foi suficiente. Passaram a exercitar o autocontrole impondo limites a seus hábitos. Daí surge o celibato e a austeridade nas refeições. Nem assim conseguiram exterminar as distrações procrastinantes.

Construíram métodos para a concentração. O principal era pensar em uma árvore com muitos ramos. Cado ramo era uma tarefa a ser cumprida. Ou um anjo com finas asas e muitas plumas. Cada pluma, uma tarefa. Também criaram e levaram as regras mnemônicas a um nível elevadíssimo. Dessas técnicas já tratamos anteriormente. E havia os salmos. A repetição dos salmos permitia manter a mente bem amarrada.

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A importância de combater a procrastinação no século XXI

Desde alguns anos, alguém popularizou o termo “procrastinar” para dar nome a esse costume de deixar para depois o que pode fazer agora. Esse é o termo mais ouvido nas reuniões que tratam de produtividade.

Alguns asseguram que atrasar uma tarefa pode ajudar na criatividade. Mas os especialidades dizem que não é nada disso. Pelo contrário: é uma das principais causas de ansiedade no trabalho. Por trás de alguém que procrastina frequentemente está, alem da preguiça e a diversão fora de hora, o medo do fracasso.

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Como combater a procrastinação

Uma das mais famosas técnicas para combater a procrastinação é a regra dos dois minutos. É muito simples, beira o simplório. Se você pode fazer a próxima tarefa em dois, ou menos, minutos, faça já. Tire-a de cima de seus ombros. Temática para começar as realizar as tarefas... até pegar ritmo.
Há outra que é tão óbvia quanto a primeira: silencie todas as redes sociais. Todas. Há dispositivos como o “Saent” que silenciam tudo.

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Faça as tarefas uma a uma

Diversão, aí vou eu de braços abertos! É muito fácil procrastinar enganando a torcida e o patrão. Basta se ocupar de muitas tarefas ao mesmo tempo. Soma total do dia: zero.

Os especialistas dizem que a sensação de controle é fundamental para não se sentir oprimido. É habitual que os procrastinadores tenham a sensação de não saber por onde começar. Por isso é importante dividir as tarefas grandes em pequenas. O mais útil é começar a fazer algo. E terminar, é claro.

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A recompensa imediata

Os procrastinadores se caracterizam por desfrutar do prazer da recompensa imediata. É isso que os leva a “enrolar” até o último minuto. Para eles, o ideal é trabalhar sob muita pressão e que rendem mais quando o prazo está terminando. Por isso, é importante que se imponham datas limites. E improrrogáveis. Se não há uma data limite, tudo se dilui. E tudo vira uma abstração em nossa mente e correrá o risco de “deixar para mais tarde”.

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Terminado é melhor que perfeito

Insistir em melhorar algo pode levar-te ao estancamento. Não sair do lugar ou ponto onde chegou. É mais recomendável que deixe várias tarefas em 80% que centrar-se, indefinidamente, em terminar uma chegando aos 100%. Tua percepção é muito diferente quando sente que tem três tarefas bem feitas do que quando sente que finalizou uma tarefa perfeita e duas sem começar.

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