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Em Pauta

Falta de líderes manterá Partido do Governo como maior bancada

Mário Sérgio Lorenzetto | 03/10/2014 08:00
Falta de líderes manterá Partido do Governo como maior bancada

Em 2015, Marina, Dilma e os tucanos estarão encrencados

Ao contrário dos últimos anos, a maior crise política para 2015 está na ausência de líderes. O PSDB, mesmo na derrota, saia fortalecido nos Estados e no Congresso Nacional. Com o erro de avaliação da candidatura Aécio, o estrago será enorme. Tudo indica que se isolará em São Paulo, com Alckmin e Serra, e em algum estado periférico sem importância política e expressão nacional, como o Paraná. O terror está colocado nas hostes tucanas. Aécio optou por tentar um quase milagre - reverter a eminente derrota em Minas.

Marina promete reduzir o tamanho do Estado, mas também na política social, o que é contraditório, como tantas outras contradições eleitoreiras que ceifam sua história. Mas o que mais preocupa é ela não ter conseguido montar um partido político. Até os Fidelix do submundo político conseguiram, e ela não. É prova de uma incompetência preocupante. Ela vem de um fiasco monumental, que o destino mudou de maneira espetacular. Mas, sua base política e a organização do programa de governo está mostrando as contradições e incompetências.

Seu ideário maior é: "vou governar com os homens de bem". Essa é uma ideia ingênua e perigosa. O que é um homem de bem? Quem são os homens de bem? É a banalização do bem. Este é um país sem conflitos? Sem grupos sociais com visões profundamente divergentes? O homem de bem é um liberal ou um socialista? É o patrão ou o trabalhador? O inferno está cheio de ingênuos altamente perigosos.

Com Dilma, a encrenca também será grande em 2015. A primeira candidatura dela foi imposta. Lula decidiu sozinho. O PT abdicou de uma instância que lhe dava força - a convenção real e verdadeira. O PT também foi decapitado de seus grandes líderes pelo mensalão. Hoje, o puxador de votos do PT em São Paulo é o melhor presidente da história do Corinthians. Não sabe nem onde fica o Congresso Nacional. Sempre declarou que não suporta a política partidária e está "pagando um favor". Ele não tem projeto político algum. O projeto dele é o do Grande Corinthians. A única liderança que surgiu no PT foi o Fernando Haddad e teve que dar muita cotovelada no próprio PT. Sua eleição foi o maior erro estratégico do PT. Foi automático: o PT elegeu Haddad para a Prefeitura de

São Paulo e o Eduardo Campos se lançou candidato a presidente. Percebeu que o PT jamais o apoiaria por maiores que fossem as juras de Lula.

2015 promete ser inaugurado sob a égide de um ano sem grandes líderes nacionais ocupando as manchetes dos noticiários. Ao contrário, uma miríade de partidos e interesses díspares difusos ocuparão o Congresso Nacional com o crescimento de bancadas de partidos nanicos, ampliando a bancada do maior partido nacional, o PG (Partido do Governo).

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“Internet das coisas” promete revolucionar cotidiano

Uma pessoa sofre um acidente automobilístico grave no meio de uma cidade. Está inconsciente e precisa de ajuda para ser levada a um hospital. Se estivéssemos vivendo a era da denominada “internet das coisas” em sua plenitude, a vida dele não dependeria da sorte de ter alguém por perto para, através de um celular, entrar em contato com os serviços de emergência. A saída seria o próprio carro acidentado avisar o hospital mais próximo sobre o acidente, listaria os prováveis ferimentos e enviaria uma ficha com os dados pessoais do acidentado, como o tipo sanguíneo e as possíveis intolerâncias por algum medicamento. A ambulância também estaria conectada e seguiria a rota mais rápida para chegar ao local do acidente. Coisa do futuro? Nem tanto. Aos poucos, a “internet das coisas” vem se aproximando do cotidiano dos brasileiros.

No caso de um idoso que vive sozinho e sofre uma queda, essa integração entre aparelhos ligados à Internet pode fazer com que o sistema tome a decisão de acionar um médico ou um parente. Para isso, ele precisa ter em casa uma câmera com sensor de movimentos e utilizar uma pulseira com um acelerômetro, que confirma a mudança na frequência cardíaca.

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Marcas precisam “conversar” entre si

O grande entrave da “internet das coisas” é a necessidade de que todas as máquinas conversem entre si. Ou seja, uma TV da marca Sony teria de interagir com um celular da marca Samsung. Isso implica que ambas as empresas abram seus segredos tecnológicos para concorrentes de mercado. A “internet das coisas” não está preparada para a interoperabilidade, existem vários sistemas que ainda não se conversam. No Brasil,

há ainda um outro componente que trava a “internet das coisas” - aqui se convive com a baixa capacidade de envio de dados da internet móvel, os chamados 3G e 4G - e a “internet das coisas” está virando sinônimo de celulares.

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Mercado de veículos importados é míope e ganancioso

O mercado de veículos importados insiste em atuar nos moldes antigos: sabendo dos riscos da variação cambial, colocam o dólar custando R$ 3, para ter sempre uma margem larga. E ainda querem que o governo federal abra o sistema com incentivos fiscais para escoar os estoques. O governo federal está certo: se querem vender, baixem os preços, revisem suas planilhas de compra e de importação. Se, por um lado, a tributação brasileira é alta, a taxa de ganância e miopia dessa turma não fica atrás.

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Bolívia compra a Transsierra

A Transsierra era a empresa responsável pelo transporte de cerca de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás dos campos do Sul da Bolívia até Corumbá. Pois agora, a YPFB, estatal boliviana de petróleo e gás, adquiriu os 55,5% das ações que ainda não detinha da Transsierra. A divisão antiga era de 44,5% da Petrobrás e da Total, petrolífera francesa. Mas agora, com a aquisição das ações da Transsierra, a YPFB será majoritária e determinará os destinos do transporte. Vale lembrar que o gasoduto inteiro foi construído pela Petrobras, em meados da década de 1990. O valor da aquisição da estatal boliviana foi de US$ 133 milhões. Mais uma preocupação para o governo brasileiro e para o governo do Estado do Mato Grosso do Sul.

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70% do café que bebemos continuará falsificado até 2080

Cevada, soja, trigo, arroz, feijão, açúcar mascavo e até sementes de açaí. Os paus e a casca da planta também engrossam o pó que é paixão nacional. Quem garante e acusa é Suzana Lucy Nixdorf, pesquisadora da Universidade de Londrina, que criou uma técnica capaz de identificar se o café é 100%. A técnica é realizada por meio de

cromatografia líquida. Mesmo com essa nova pesquisa, um estudo da Royal Botânica Garden, da Inglaterra diz que, até 2080 (é 2080 mesmo... não é erro de digitação) cerca de 70% da oferta global de café continuará falsificada. Picaretagem mundial, crônica e insanável? Será que existem Agências de Vigilância sanitárias no Brasil?

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Brasileiros diminuem poupança

Em todas as faixas de renda, houve queda no nível de poupança dos brasileiros. A maior foi entre os que ganham mais de dez salários mínimos (acima de R$ 7 mil por mês): apenas 57% guardam ou investem algum montante, ante 76% no mesmo período do ano passado. O fato é creditado ao largo período de intenso consumo que endividou a maioria da população.

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