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Em Pauta

Faltam pedreiros e carpinteiros em Portugal

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/08/2018 08:35
Faltam pedreiros e carpinteiros em Portugal

Pedreiros, carpinteiros, pintores, chefes de equipe... de tudo falta um pouco na construção civil em Portugal.E até os trabalhadores não qualificados escasseiam. Uma década de crise na construção, levou ao desaparecimento de 37 mil empresas e de mais de 260 mil vagas nesse setor. A maioria deles emigrou e dificilmente retornarão a Portugal. A solução, acreditam as empresas que restaram, está na criação de um regime excepcional de mobilidade transnacional que permita às construtoras levarem a Portugal profissionais de outros países, especialmente os de língua portuguesa.
No final de 2015, começaram a chegar os primeiros sinais de inversão do quadro dramático que existia. Conseguiram a retomada. Tiveram um crescimento de 2,3% no primeiro trimestre de 2018 e de mais de 20% no licenciamento para novas construções habitacionais. Também ocorreu crescimento de quase 2% no consumo de cimento entre janeiro e abril deste ano. Agora faltam trabalhadores para dar conta de tudo isso. A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas admite que terão de contratar 70 mil ou mais trabalhadores estrangeiros. Só a empresa "Casais" está contratando 100 operários neste momento. Também necessita de 40 técnicos de nível intermediário e não está conseguindo contratar nem um. Para os postos mais baixos o salário é de 800 euros além de subsídios para alimentação e transporte. Para iniciantes, o salário cai para 650 euros. Essa entidade que organiza a construção civil portuguesa está pedindo socorro para o governo. Deseja a liberação de entrada dos estrangeiros para ocupar as vagas abertas há alguns meses sem que um interessado apareça. E também temem a retomada do crescimento de Angola que poderá levar alguns dos melhores quadros dessa indústria de retorno a seu país.

Faltam pedreiros e carpinteiros em Portugal

A Islândia sabe como acabar com as drogas entre adolescentes.

Atualmente, a Islândia ocupa o primeiro posto da classificação europeia quanto a adolescentes com um estilo de vida saudável. A porcentagem de jovens entre 15 e 16 anos que tomaram um porre no mês anterior caiu de 42% em 1998 para 5%. A porcentagem dos que haviam consumido maconha alguma vez na vida passou de 17% para 7%. É um resultado inigualável para os países que insistem em ideias velhas como o combate policial ou a educação tradicional.
Se o programa islandês fosse adotado em nosso país, poderia ser benéfico para o bem estar psíquico e físico dos jovens, além de reduzir o custeio das máquinas de combate às drogas, bem como do tratamento de usuários. A ideia têm como embasamento que a origem dos vícios em drogas e álcool está na química cerebral. Elas alteram a química cerebral, sedam o controle cerebral. Suprimem as inibições e reduzem a ansiedade. Se é assim, porque não organizar um movimento social baseado na "embriaguez natural", naquela que as pessoas fiquem "ligadas" ou "desligadas" tão somente com a química cerebral já existente em nossos organismos? É evidente para todos que os jovens desejam mudar seu estado natural de consciência, porque não fazê-lo sem os efeitos prejudiciais das drogas e do álcool? Também sabemos que a educação sobre as drogas não funciona simplesmente porque ninguém a leva a sério.
Em 1992, os jovens de 14 a 16 anos de todas as escolas da Islândia preencheram um extenso questionário com perguntas relacionadas às drogas e o que se interessavam. Os resultados foram alarmantes. Mais de 40% tomava porres e o uso da maconha estava presente nos pátios das escolas. Também descobriram que esses jovens se interessavam por música e por esportes e seus pais pouco conviviam com eles.
Utilizando os dados da pesquisa e dos conhecimentos de diversos estudos, introduziram, pouco a pouco, um novo plano nacional. Recebeu o nome de Juventude na Islândia. Todos passaram a ter participação em aulas de música, dança, esportes, artes marciais... uma extensa lista de atividades pagas pelo governo, com um detalhe fundamental: as aulas eram dadas fora da escola, em instituições privadas de boa qualidade. Também mudaram as leis. Proibiram menores de 20 anos de comprar bebidas alcoólicas bem como toda e qualquer publicidade que a elas se referissem. Reforçaram os vínculos entre pais e filhos propondo que passassem mais tempo com eles em lugar do falido "pouco tempo, mas de qualidade". Outra lei proibiu que os adolescentes entre 13 e 16 anos ficassem fora de casa após as 22 horas no inverno e meia-noite no verão.

Faltam pedreiros e carpinteiros em Portugal

O povo que mudou um órgão do corpo para mergulhar melhor.

Em um exemplo impressionante de seleção natural, o povo bajau, que vive no Sudeste Asiático, desenvolveu baços maiores para facilitar o mergulho.
A revista científica Cell acaba de publicar uma pesquisa que surpreendeu o mundo. Como explicar, senão pela evolução, a diferença de capacidade de mergulhar dos bajaus quando comparada com os demais humanos?
Os bajaus são uma pequena população - aproximadamente um milhão de pessoas - que vivem no mar literalmente. Moram em casas barcos navegando de um lugar para outro entre as Filipinas, Indonésia e Malásia. Tudo que precisam, obtêm do mar. São reconhecidos por uma capacidade extraordinária de prender a respiração. Mergulham repetidamente por cerca de oito horas por dia. E gastam aproximadamente 60% desse tempo em baixo da água. Normalmente, ficam a 70 metros de profundidade. É possível que alguns indivíduos ultra treinados e cuidados consigam realizações similares a essa. Mas não existe um povo inteiro que atinja a metade dessa façanha. Como explicar que um milhão de membros de um grupo humano tenha essa capacidade de mergulho.
As universidades de Copenhague e da Califórnia foram encontrar a resposta. Por estranho que possa parecer, ela não está nos pulmões e sim no baço.
O baço é um reservatório de glóbulos vermelhos oxigenados e que, por isso, quando contraído, dá à pessoa um reforço de oxigênio. É como um tanque de mergulho dentro de nosso corpo.
Os resultados da pesquisa mostraram que quase todos bajaus têm o baço aumentado. Muito maior que o de todos os humanos. Para comparar, os cientistas foram estudar o baço dos vizinho agrícolas dos bajaus. Os saluam, que desde há 15 mil anos não mergulham, têm bacos 50% menores.
A equipe também descobriu a base genética para a diferença do tamanho do baço. Compararam o DNA dos bajaus, saluan e chineses. Os resultados revelaram 25 diferenças significativas do genoma dos bajaus em comparação com o dos outros grupos.

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